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Almanaque Paulistano




Esculturas da Praça da Sé


Quem atravessa todos os dias a suja e caótica Praça da Sé raramente se dá conta de que o espaço é um jardim de esculturas. Nos arredores da catedral, “escondem-se” mais de 15 obras de arte, muitas intimamente ligadas à história de São Paulo, como o Monumento a Anchieta, dedicado ao religioso que ajudou a fundar a cidade. Criada pelo artista italiano Heitor Usai, a obra foi um dos presentes oferecidos a São Paulo em seu IV Centenário. Já Condor, de Bruno Giorgi, é mais moderna, data de 1979, e juntou-se às demais para adornar o local depois da intervenção causada pela estação do Metrô, inaugurada um ano antes. Faz parte do conjunto o próprio Marco Zero, aquele “pedaço de mármore” do qual ninguém se dá conta, mas que designa o local exato do centro oficial da cidade, aponta a direção dos demais estados brasileiros e é a partir de onde se começa a marcar a quilometragem das principais estradas que saem da capital paulista. Cada uma das seis faces da peça sinaliza um destino: uma araucária simbolizando o Paraná e o sul do país, um navio que indica o caminho para o litoral do estado, uma bananeira e o Pão de Açúcar apontando para o Rio de Janeiro e o Nordeste, a bateia (um instrumento de mineração superficial) ilustra a direção para chegar a Goiás, materiais de mineração profunda simbolizam Minas Gerais e, por fim, vestimentas e objetos bandeirantes mostram que rumo tomar para Mato Grosso. A obra é de 1934 e foi feita por Jean Gabriel Villin e Américo Neto.



Vistas Contemporâneas

Arquivo Público do Estado de São Paulo





O Arquivo Público do Estado de São Paulo, como o nome sugere, é o órgão responsável pela preservação e organização dos documentos do estado. O que talvez poucos saibam é que o espaço é aberto para a visitação pública. Um dos maiores acervos do país abriga a documentação proveniente do Poder Executivo desde o período colonial. Qualquer um pode consultar, mas não é permitido que nada saia dali. Os documentos são consultados em um salão com condições especiais e os pesquisadores recebem orientações de como manusear o material, a fim de evitar eventuais danificações. Entre as principais solicitações, estão os arquivos dos períodos colonial e imperial e jornais e revistas antigos. Também entre os papéis mais consultados, estão os registros do extinto Departamento Estadual de Ordem Política e Social (Deops), em alguns casos para pedidos de indenizações judiciais por atos cometidos pelo Deops durante a ditadura. O Arquivo do Estado de São Paulo funciona de terça-feira a sábado, das 9 às 17 horas, e fica na rua Voluntários da Pátria, 596, ao lado da estação Tietê do metrô. É possível organizar visitas monitoradas para grupos às segundas-feiras. Mais informações pelo telefone (11) 2221-4785.