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Esporte e inclusão
social O grande desenvolvimento dos esportes na era moderna pode ser explicado, entre diversos fatores, como um fenômeno originado na sociedade de consumo, que vende produtos, pessoas, imagens e idéias. Revestido de caráter competitivo, torna-se um espetáculo capaz de atrair um grande contingente de pessoas, o que por sua vez, acarreta interesses, muitas vezes, díspares das empresas e do poder público. Essa característica do esporte, como rendimento, está restrita, quase que exclusivamente, aos negócios que a atividade gera, o que deixa em segundo plano a importância da prática esportiva que não envolve à competição. Ampliar o acesso da cultura esportiva, em suas diferentes possibilidades, tendo como alvo todos os segmentos da população, deve fazer parte dos programas viabilizados por entidades de natureza social, como é o caso do Sesc, criado e mantido pelo empresariado do comércio e de serviços. Incorporado como valor constitutivo que permeia a sua ação, o esporte é visto como importante linguagem que atua no sentido inverso ao de apurar habilidades no desempenho, forjar a competitividade ou segregar pessoas na prática do esporte. No Sesc, o esporte é uma ferramenta fundamental para o desenvolvimento do lazer, da integração social e da melhoria da saúde integral dos indivíduos. Nesse sentido, é prática comum a criação de modalidades adaptadas, o estímulo a práticas intergeracionais, bem como, a preocupação na orientação precisa e abalizada de especialistas na condução das atividades. O debate e a reflexão dão base às ações nessa área, como é o caso do Seminário Internacional Esporte e Sociedade, mais uma contribuição da entidade à discussão e ao aprimoramento de iniciativas cidadãs na área esportiva. Abram Szajman |