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Fórum virtual - Revista Mais 60 - Uma abordagem transversal

Desde 1963, o programa Trabalho Social com Idosos, do Sesc São Paulo, atua com o favorecimento da qualidade de vida da população idosa. Poucos anos mais tarde, a instituição começou a pensar também em conteúdo para estudantes, interessados e especialistas na área da gerontologia, convidando profissionais para partilhar conhecimentos e disseminá-los em seus campos de atuação, dentro e fora do Sesc, fortalecendo uma visão mais realista, social e generosa da velhice.

Além da realização de atividades programáticas para as pessoas idosas, foi criada, em abril de 1977, a primeira edição dos Cadernos da Terceira Idade. O boletim, elaborado pelo Sesc São Paulo, com o objetivo de servir de intercâmbio de informações entre os profissionais da instituição, a partir de artigos traduzidos de publicações estrangeiras, estudos da época e relatos de experiências do próprio Sesc, foi pioneiro em um momento em que não havia muitas outras publicações sobre velhice fora do ambiente acadêmico.

O trabalho editorial iniciado com os Cadernos da Terceira Idade ganhou reconhecimento dos profissionais da área e teve continuidade com a criação da revista A Terceira Idade, em setembro de 1988, um marco comemorativo dos 25 anos do programa TSI - Trabalho Social com Idosos.

Essa consonância entre prática e teoria só cresceu em relevância. A revista editada pelo Sesc São Paulo se mantém até hoje como uma das mais longevas publicações sobre envelhecimento no Brasil. E, a partir de 2014, para incorporar ainda mais as atualizações no campo de estudos da gerontologia, passou a se chamar Mais 60: Estudos sobre Envelhecimento.

Naquele momento, seu conteúdo já apostava, cada vez mais, num modelo híbrido entre periódico científico e outras seções em um novo projeto gráfico, que passou a incluir mais espaço para entrevistas, resenhas, ensaios fotográficos, ilustrações e relatos de experiências.

Além disso, por ser uma revista gratuita, acessível e técnico-científica, a Mais 60 também cumpre o papel de dar oportunidade aos estudantes e especialistas na temática do envelhecimento e longevidade de publicarem seus trabalhos e compartilharem com pessoas do Brasil inteiro.

A publicação da vigésima edição da revista Mais 60, realizada em setembro de 2021, pode ser entendida como marco dessa longa trajetória, dedicada a tratar o tema da velhice e longevidade com o cuidado, seriedade e transversalidade necessários.

Nesse sentido, entre os dias 15 e 17 de setembro, foi realizado o Fórum virtual da revista Mais 60. Com o objetivo de discutir o processo de envelhecimento e a longevidade no Brasil em seu contexto histórico, cultural e social, as mesas de debates foram pensadas por meio dos assuntos tratados nas 20 edições da Revista Mais 60.

O aprofundamento dessas discussões foi necessário para olhar o contexto do que já foi realizado e avançar nas questões que estão ocorrendo na desconstrução de preconceitos e estereótipos para um envelhecer com respeito e dignidade.

As mesas foram compostas por profissionais de várias áreas, que estudam sobre envelhecimento ou já fizeram trabalhos com esse foco. Todas trouxeram uma abordagem transversal, uma vez que velhice, longevidade e todo esse universo precisam compor as diversas áreas da sociedade. Além disso, a transversalidade é uma característica presente na revista e reflete o formato de atuação do Sesc São Paulo com e para as pessoas idosas.

Para a abertura de cada mesa, foi apresentado um vídeo com a participação de uma pessoa que contribuiu com a revista por meio de artigo ou entrevista. E durante o intervalo, entre uma mesa e outra, foram exibidos vídeos com artistas que fizeram a capa de alguma edição da revista para contar como foi o processo de criação e aproximação do assunto com as obras.

 

Veja abaixo todo o conteúdo do Fórum Virtual Revista Mais 60 - Uma abordagem transversal 

15/09 

Mesa 1

Abertura: Heloísa Seixas

O envelhecimento no Brasil a partir da década de 60, até os dias atuais. A velhice apresentada de maneira transversal pelos assuntos da Revista Mais 60

Com Danilo Santos de Miranda, Paulo Markun e Cristina Madi. Mediação de Claudia Collucci. 

Depoimento: O espaço da metrópole, o tempo dos velhos e a alienação

Com André Douek, sobre o ensaio para a edição 64.

Mesa 2

Abertura: Marta Gil

A transversalidade dos estudos sobre envelhecimento e longevidade – assunto para todas as áreas

Com Beltrina Côrte e Sérgio Serapião. Mediação de Octávio Weber Neto.   

 

 

16/09

Mesa 3

Abertura: Lourdes Barreto

A diversidade das velhices e o que a pandemia revelou. Quais são as mudanças históricas e atuais da velhice do ponto de vista social, comportamental e o que a pandemia evidenciou sobre esse público?

Com Guita Grin Debert e Karla Giacomin. Mediação de Danilo Cymrot. 

Depoimento: Envelhecimento e cárcere

Com Ricardo Cammarota, sobre a produção da capa e ilustrações da edição 71.

Mesa 4

Abertura: Ana Mae Barbosa

A Década do Envelhecimento Saudável, e os próximos passos no Brasil. O que é o plano da Década conduzido pela Organização Mundial da Saúde? Como pensar no envelhecimento e longevidade no futuro, e quais são os próximos passos no Brasil e no Estado de São Paulo? 

Com Patrícia Morsch e Claudia Fló. Mediação de Jair de Souza Moreira Júnior. 

 

 

17/09

Mesa 5

Abertura: Letícia Lanz

Heterogeneidade da velhice – similaridades e contrastes regionais. A representatividade da pessoa idosa nos territórios

Com Marina Herrero, Alexandre Silva e Carlos Eduardo Henning. Mediação - Júlio Cesar Pereira Júnior  

Depoimento: Instituições de Longa Permanência

Com Talita Hoffmann, sobre a produção das ilustrações da edição 78.

Mesa 6

Abertura: Heloísa Seixas

A construção da longevidade e a desconstrução de preconceitos. Aspectos físicos, sociais e culturais. Quando é necessário começar a pensar no processo de envelhecimento e na longevidade para uma fase saudável e respeitada pelas políticas públicas e sociedade em geral? 

Com Alexandre Kalache e Mariza Tavares. Mediação de Alessandra Nascimento. 

 

 

Ao final de cada mesa, as convidadas e convidados responderam em uma palavra o que é a velhice para elas/eles. O resultado traz a esperança de um futuro com dignidade para as pessoas com mais de 60 anos e para aquelas que estão no processo de envelhecimento, ou seja, para todas e todos nós. Veja só:

 

 

Saiba mais sobre a Revista Mais 60: Estudos sobre Envelhecimento