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A tradição ancestral africana praticada em Cuba

Sumo Sacerdote Ala Wowwo Mesecam Meyé do Templo Ori Eiye Keiyé. Foto: Divulgação
Sumo Sacerdote Ala Wowwo Mesecam Meyé do Templo Ori Eiye Keiyé. Foto: Divulgação

O culto de Yezam consiste em um conjunto de ritos surgidos no continente africano desde 4.500 anos antes de Cristo, e está vivo em Cuba até hoje, sendo praticado somente no templo Ori Eiyé Keiyé, onde seus sacerdotes e demais fiéis se propõem a desenvolvê-lo e preservá-lo pela importância que tem no contexto social.

A prática do culto regeu os destinos religiosos de uma boa parte do continente africano durante três mil anos antes de nossa era, segundo os Sobas, sumos sacerdotes do culto de Yezam.

Prova disto é o esplendor atingido por algumas nações que tiveram relações mercantis e religiosas com o Daomê, país do ocidente africano em que os mandingas estabeleceram seu império. Um de seus antigos e principais sacerdotes, Hunon Dagboel, acabou com os sacrifícios de animais assim como também incorporou o termo Ala Wowwo que significa: Babalawo Maior, Patriarca da Nação Arará.

No dia 19 de novembro, o Centro de Pesquisa e Formação do Sesc receberá o Sumo Sacerdote Ala Wowwo Mesecam Meyé do Templo Ori Eiye Keiyé, antropólogo presidente do projeto Resgate, Conservação e Revitalização da Adoração de Ossayin em Cuba, para uma palestra sobre o essa tradição ancestral africana que é praticada na ilha.

O Sumo Sacerdote também é doutor em ciências teológicas, etnólogo, historiador, jornalista, especialista em culturas africanas, reconhecido pela UNESCO e pela Fundação Fernando Ortiz, membro da Associação de Educadores de Cuba, colaborador de mérito da Instituição Casa Da África desde 1993, autor de quatorze obras literárias já concluídas.