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Homo Desperatus, por Dries Verhoeven [Holanda]
O filme apresenta a atividade de 70 mil formigas em 44 maquetes, fechadas em redomas de vidro, compondo uma versão miniaturizada de cenários contemporâneos de desastre e dor: o reator nuclear de Fukushima, o campo de detenção da Baía de Guantamo, uma fábrica de tecidos que desabou em Bangladesh, entre outros. Em cada maquete, uma nanocâmera registra a luta dos insetos pela sobrevivência e a tentativa de reconstruir uma vida em territórios assolados a partir de ângulos que remetem à emissora noticiosa norte-americana CNN. A obra foi coproduzida pelo Theaterfestival Boulevard e o Stedelijk Museum's Hertogenbosch, na Holanda, e apresentada em 2014.
Dries Verhoeven é cenógrafo e artista visual. Dedica-se ao teatro, ao design cênico, à criação de instalações, happenings e intervenções urbanas. Atuando na fronteira entre performance e instalação, sua obra apoia-se em ações que afetam a ordem pública da vida cotidiana e, consequentemente, semeiem dúvidas sobre os sistemas que influenciam pensamentos e ações e o impacto da mídia digital sobre as relações interpessoais, entre outros aspectos da realidade social contemporânea. Suas peças envolvem o espectador diretamente, convidando-o a conduzir sua própria experiência. Já participou em festivais como o LIFT, em Londres, e o Festival Transamérique, em Montreal. Foi premiado com o Mont Blanc Young Directors Award no Festival de Salzburgo, na Áustria. O Studio Verhoeven recebe subsídios da cidade de Utrecht e do Fundo de Artes Cênicas da Holanda.
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