Postado em
Carta ao leitor
Um país rico em recursos naturais, com paisagens maravilhosas, fauna e flora inigualáveis. E praticamente desconhecido. Esse é o Brasil que o barão de Langsdorff descobriu entre 1822 e 1829, numa expedição com ares de aventura pelos rincões de nossa terra. Foram anos de intensa preparação, sacrifícios e até tragédias, como a morte de artistas e a doença do pesquisador, que não recuperou a capacidade mental roubada pela selva.
Essa epopéia, que produziu milhares de documentos quase todos ainda inéditos, é a matéria de capa desta edição, que procura levantar uma ponta do véu que ainda esconde faces e fases de nossa história.
Outro assunto abordado neste número é o explosivo crescimento das telecomunicações brasileiras, provocado pelas privatizações do sistema. Nas mãos do Estado, os telefones eram poucos, funcionavam mal e custavam os olhos da cara. Com o investimento privado, a oferta de linhas cresceu, o custo ficou menor e os problemas técnicos, ainda existentes, tendem a desaparecer. Graças a essa verdadeira revolução, as classes C e D, antes praticamente impedidas de adquirir um telefone, já podem dispor de linhas próprias e mesmo de aparelhos celulares.
A mudança tecnológica alcançada nas comunicações infelizmente não se repete em outras áreas. Como se pode ver no encarte desta edição, as grandes reformas judiciária, administrativa, política, tributária continuam emperradas, e sem previsão de chegar a bom termo.