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JORGE LEÃO TEIXEIRA

Mea-culpa – O professor Sérgio Nogueira Duarte, que assina a popular coluna "Língua viva", no "Jornal do Brasil", recebeu de um leitor algumas "pérolas" do jornalismo brasileiro, juntamente com o pedido para divulgá-las, num ato de contrição jornalístico. Eis algumas delas:
"Os antigos prisioneiros terão a alegria de se reencontrar para lembrar os anos de sofrimento."
"A polícia e a Justiça são as duas mãos do mesmo braço."
"No corredor do hospital psiquiátrico os doentes corriam como loucos."
"Quando a polícia chegou, o cadáver estava rigorosamente imóvel."
"O velho, antes de apertar o pescoço da mulher até a morte, suicidou-se."
"O cão ficou morto na estrada durante alguns instantes."
"Ela contraiu a doença na época em que ainda estava viva."
"Depois de algum tempo, a água corrente foi instalada no cemitério, para satisfação dos habitantes."
"Nossos leitores certamente vão nos desculpar por este erro indesculpável."

Saudosismo – Imperador do bicho na zona da Leopoldina e patrono da escola de samba Imperatriz Leopoldinense, o banqueiro zoológico Luisinho Drummond foi assaltado no bairro de Rio Comprido quando ia para um casamento, tendo o carro, dinheiro, talão de cheques, cartões de crédito e seus anéis roubados. O fato consternou o pessoal de um ponto de jogo de bicho do bairro, vergonha traduzida no lamento do gerente do mesmo: "Não se fazem mais bicheiros como em mil novecentos e antigamente!"

Humor mortal – O embaixador Roberto Campos esbanjou seu senso de humor no discurso de posse na Academia Brasileira de Letras. Entre as tiradas que deliciaram a platéia estava a recordação do ataque mais ferino entre os ferinos ataques que sofreu na sua vida pública, feito por Carlos Lacerda, sob o pretexto de um elogio a sua "imparcialidade": "Mata imparcialmente os ricos, de raiva, e os pobres, de fome". No discurso, ao pedir licença para falar de algumas questões econômicas, advertiu seus ouvintes, numa autocrítica, que os planejadores da economia devem merecer o maior cuidado, pois a tradição conta que "o camelo não passa de um cavalo desenhado segundo instrução de um comitê de economistas…"

Estréia – Bill Gates debutou no Registro Civil tupiniquim, graças ao gari José Aluisio Pontes, de Brasília, que deu a seu filho o nome de Bill Gates Pontes. O xará do megamilionário da Microsoft é irmão de Bill Clinton Pontes.

Coisas do futebol – O jornalista Oldemário Touguinhó recebeu consulta telefônica de um colega espanhol, indagando se ele conhecia um clube chamado Boas Botas, no qual dizia ter atuado um brasileiro que pretendia jogar na Espanha. Oldemário procurou a Confederação Brasileira de Futebol e soube que os registros não acusavam clube algum com aquele nome, tendo sido alertado, contudo, para os estranhos nomes de vários clubes do interior. Basta dizer que entre os últimos registros da entidade figurava um Desvio de Dona Zizinha Futebol Clube, além de um As Moreninhas, Um, Dois, Três, este último do Mato Grosso do Sul.

Vale-tudo – A criatividade dos traficantes de drogas continua em ebulição. Agentes de plantão no Aeroporto Internacional de Cumbica, em São Paulo, descobriram 11 quilos de cocaína escondidos sob a batina de um padre, pronto a embarcar para a Holanda. E no aeroporto do Rio de Janeiro desconfiaram do fornido bumbum de um bebê, levado ao colo com extremos cuidados pela mãe. A criança foi submetida a uma revista, e descobriu-se que sua fralda estava recheada de cocaína embalada em plástico.

Broncas – Em meio a um assalto ao Edifício Cambury, na Lagoa, Rio de Janeiro, tocou o celular do chefe do bando, que o atendeu, irritado, passando uma descompostura na autora da ligação, fechada com a seguinte advertência: "Quantas vezes eu já lhe disse para não me telefonar quando estou trabalhando?!" Antes de trancar as vítimas no banheiro da garagem, o mesmo assaltante disse: "Tô louco pra cair fora do Rio, porque a cidade tá muito violenta".

Traição cibernética – A psicanalista Alice Bittencourt citou na televisão um caso ocorrido recentemente para ilustrar o grau de idealização que ocorre na Internet: um casal resolveu separar-se quando ambos descobriram que mantinham romances secretos pela Internet, estando apaixonadíssimos pelos seus interlocutores informáticos. Na hora de iniciar o processo de divórcio, descobriram que o "outro" era o próprio marido, e a "outra", ela, a própria mulher.

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