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Almanaque Paulistano

 

 

 

As Dianas de São Paulo


Inspirados pela riquíssima mitologia greco-romana – com seus inúmeros deuses, heróis e criaturas fantásticas –, artistas de diferentes épocas se dedicaram a dar rostos e formas a esse universo em pinturas e esculturas. Do italiano Sandro Botticelli (1445-1510) com sua famosa tela O Nascimento de Vênus, exposta na Galeria dos Ofícios, em Florença, na Itália, ao ítalo-brasileiro Victor Brecheret (1894-1955), autor da peça de pedra Diana, Caçadora, no hall do Teatro Municipal de São Paulo. Além desta, a capital paulista possui diversas outras representações da divindade ligada à caça – Diana para os romanos e Ártemis para os gregos. A bela figura, não raro representada junto a um animal – numa simbologia de sua ligação com as florestas –, era cultuada como uma filha da lua, sempre munida de seu arco e flecha e solitária num reino floral povoado por ninfas. Já na selva de pedra paulistana, a jovem pode ser vista, entre outros lugares, no Jardim da Luz, numa escultura de granilito, de autor não identificado; e no Vale do Anhangabaú, numa cópia de bronze do original francês de Jean-Antoine Houdon (1741-1828). Há Dianas também no Sesc Interlagos – essa assinada por John Graz (1891-1980) e feita de concreto gessado e esmaltado – e no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM), no Parque do Ibirapuera, obra de Lelio Coluccini (1910-1983), feita de granito e, diferentemente das outras, chamada apenas A Caçadora.







 

 

 

 


Óperas e concertos no Theatro São Pedro


O Theatro São Pedro, inaugurado em 1917, é um reflexo do frenesi que tomava conta da cidade no início do século 20. O edifício, de estilo neoclássico, chegou ostentando luxo com seus, na época, 28 camarotes, uma plateia para 800 pessoas, e quatro filas de balcões. Protagonista de uma história de altos e baixos, o teatro felizmente sobreviveu para ver o século 21. E chegou, após uma reforma completa, realizada em 1998, em ótima forma à era das casas de espetáculos com nome de cartões de crédito. Atualmente, o espaço tem capacidade total de 636 lugares e vive plenamente sua vocação, abrigando temporadas de concertos e óperas. Na virada do mês, o grande destaque é uma montagem de Rigoletto, clássico do compositor erudito italiano Giuseppe Verdi, com apresentações em 28, 29, 30, 31 de julho e 1º de agosto. Mas igualmente vale a pena reservar espaço na agenda para Don Pasquale, do também italiano Gaetano Donizetti, programada para os dias 24, 25, 26, 27 e 28 de agosto. Ambas fazem parte da Temporada Lírica 2010. Já a série 2010 da Banda Sinfônica do Estado de São Paulo passará pela casa no dia 15 de agosto. Os ingressos custam R$ 20 (inteiro) e R$ 10 (meia-entrada). O endereço é Rua Barra Funda, 171, na Barra Funda, Zona Oeste de São Paulo, e o telefone para informações é 3667-0499.  ::