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Todas as crianças na roda: brincadeiras e acessibilidade
Em julho, o Sesc Carmo promoveu um encontro entre três especialistas em infância e acessibilidade: Daina Leyton, Nayara Silva e Miryam Pelosi. A atividade Todas as crianças na roda: conversas sobre o brincar aconteceu no canal do YouTube da unidade, que fica no centro de São Paulo, e trouxe importantes considerações sobre integração na infância por meio de brincadeiras e visitas a espaços culturais.
A gente sabe que brincar é fundamental. Afinal, todos nós passamos por essa etapa da vida e lembramos como era gostoso construir nossos mundos assim. Mas será que todas as crianças brincam igual? Como a gente pode facilitar brincadeiras para o desenvolvimento infantil de cada criança, com suas particularidades?
Partindo dessas questões, a primeira convidada contou um pouco da sua vivência dentro de aparelhos culturais. Daina Leyton, educadora e psicóloga, coordena o educativo do Museu de Arte Moderna de São Paulo. "Eu costumo falar que uma acessibilidade sem afeto não me interessa para a gente criar essa sociedade plural", disse, no início de sua fala. Para ela, precisamos reconhecer as potencialidades daquilo que dizem ser limitações e o brincar é uma possibilidade de recriar o mundo. Ao brincar, as crianças aprendem através de seus corpos, sem precisar elaborar teorias sobre o feito. O brincar também favorece que a criança (e os adultos também, né!) possa estar apenas no momento presente.
Nayara Silva apresentou sua vivência como criança surda numa época em que não havia acesso à escola bilíngue. Isso fez com que ela passasse muito tempo sozinha, afastada das outras crianças, sem brincar muito. Apesar dessa falta de acesso na infância, Nayara contou de que forma acontece a sensibilização de crianças ouvintes à cultura surda com seu trabalho como atriz no Grupo Eba. O dia a dia apresenta muitos desafios, mas compensa com experiências e aprendizados que as crianças transmitem!
Já Miryam Pelosi é terapeuta ocupacional e trabalha há muitos anos com tecnologia assistiva. Pensar em alternativas para dar acesso a todas as crianças participarem de brincadeiras é uma das possibilidades do seu trabalho, que pode ser acompanhado em seu canal do YouTube. Adaptações muitas vezes simples já transformam a participação de pessoas com deficiências no mundo e, pensando nas crianças, no seu aprendizado, nas suas brincadeiras e em seu convívio social. Para ela, além do trabalho com crianças, é muito importante capacitar os profissionais – de todas as áreas – para entenderem as singularidades dos públicos em suas diversidades.
A conversa completa está no canal do YouTube do Sesc Carmo:
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