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Sonhário – experimentações entre corpo, cidade e o mundo onírico
Você costuma se lembrar de seus sonhos? Nem sempre nos lembramos, nem sempre entendemos o que aquelas imagens – tantas vezes absurdas, insólitas, caóticas e fragmentárias – significam. Mas há outras formas de conversar com essas imagens, talvez mais inspiradoras do que a tentativa de entendê-las: é possível desenhá-las, dançá-las, ouvi-las, respirar com elas.
Durante 5 semanas, a oficina “Sonhário – experimentações entre corpo, cidade e o mundo onírico”, conduzida pelas artistas e arte-educadoras Beatriz Cruz e Vânia Medeiros, no Sesc Consolação, integrou práticas artísticas e corporais à pesquisa sobre o sonhos.
(Imagem: Fabi Freier)
Cada participante foi convidado a criar e cultivar um sonhário, ou caderno de sonhos, um espaço para registro e elaboração de seus processos oníricos. Nos encontros, os registros de cada semana eram compartilhados em leituras coletivas, enquanto dinâmicas de corpo e desenho expandiam as possibilidades de lidar com as cenas e situações que apareciam. Foram convocações para ouvir o próprio sonho, alongar e sentir o próprio corpo, aceitar e desenvolver o próprio traço. Oportunidade de encontro com o que há de mais singular em cada um e partilhá-lo na coletividade.
Além da criação de sonhários pessoais, os encontros dialogaram com os trabalhos de criadores como Ailton Krenak, Akira Kurosawa, David Lynch, Grete Stern, Klaus Vianna, Luchita Urtado, Sandra Vásquez de la Horra, Sidarta Ribeiro e Ursula Le Guin, entre outros autores, artistas e pensadores que se debruçaram na pesquisa sobre sonhos. A partir deles, podemos entender melhor a importância dos sonhos ao longo de nossa história e em diferentes culturas.
Alguns dos relatos e desenhos produzidos durante a oficina foram reunidos numa publicação. As artistas e arte-educadoras Vânia Medeiros e Beatriz Cruz afirmam que “é um convite à criação de sonhários e espaços de partilha a quem se aventurar por essas páginas”.
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