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Carta ao leitor

No Brasil, maio traz duplamente à tona questões relativas ao trabalho. Como no resto do mundo, o primeiro dia desse mês é uma data em que se celebra a organização dos trabalhadores pela defesa de sua dignidade humana. Uma oportunidade para reivindicações e para reflexão sobre as relações de trabalho. No Brasil, no entanto, essa questão deve ser permanentemente discutida, pois encerra uma pergunta fundamental, que nossa matéria de capa tenta responder: como escapar da epidemia de desemprego que tem caracterizado o país nos últimos anos?

A segunda data de maio que diz respeito ao universo do trabalho é a da libertação da escravatura, no dia 13, que evoca a herança nada gloriosa de um tempo em que seres humanos eram tratados como animais. Eram? Outra reportagem desta edição recomenda cuidado antes de usar verbos no pretérito para a escravidão. No Piauí, trabalhadores de caieiras (produtoras de cal), cuja remuneração não é suficiente para abater dívidas com os empregadores – num círculo vicioso que eterniza seu "contrato de trabalho"–, passam fome e sede, adoecem e sofrem queimaduras graves a ponto de apagar suas impressões digitais. Como se isso não bastasse, a atividade ameaça um sítio arqueológico que pode ter 40 mil anos de história. A denúncia deve ser apurada com todo o rigor. A humanidade agradece.

No Brasil, maio traz duplamente à tona questões relativas ao trabalho. Como no resto do mundo, o primeiro dia desse mês é uma data em que se celebra a organização dos trabalhadores pela defesa de sua dignidade humana. Uma oportunidade para reivindicações e para reflexão sobre as relações de trabalho. No Brasil, no entanto, essa questão deve ser permanentemente discutida, pois encerra uma pergunta fundamental, que nossa matéria de capa tenta responder: como escapar da epidemia de desemprego que tem caracterizado o país nos últimos anos?

A segunda data de maio que diz respeito ao universo do trabalho é a da libertação da escravatura, no dia 13, que evoca a herança nada gloriosa de um tempo em que seres humanos eram tratados como animais. Eram? Outra reportagem desta edição recomenda cuidado antes de usar verbos no pretérito para a escravidão. No Piauí, trabalhadores de caieiras (produtoras de cal), cuja remuneração não é suficiente para abater dívidas com os empregadores – num círculo vicioso que eterniza seu "contrato de trabalho"–, passam fome e sede, adoecem e sofrem queimaduras graves a ponto de apagar suas impressões digitais. Como se isso não bastasse, a atividade ameaça um sítio arqueológico que pode ter 40 mil anos de história. A denúncia deve ser apurada com todo o rigor. A humanidade agradece.