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 JORGE LEÃO TEIXEIRA


Ilustração: Leandro Shesko

Trombas de fogo – A voz do povo diz que um elefante incomoda muita gente, mas dois, três ou mais incomodam muito mais. Imagine-se, portanto, a tortura de uma aldeia do nordeste da Índia onde 24 elefantes, após beberem a cerveja de arroz de vários tonéis, amarraram um pileque para ninguém botar defeito, depredando casas e investindo contra moradores. Aldeões em pânico soltaram fogos e tocaram tambores, sem conseguir espantar ou deter os paquidermes, que somente sossegaram quando a cerveja acabou.

Sui generis – A polícia conseguiu finalmente prender o ladrão de carros Renato Santos, que agia nos subúrbios cariocas e, apesar de ser maneta, tinha grande habilidade ao volante, a ponto de haver escapado de várias perseguições policiais. Já na Espanha, um tribunal absolveu o cego que fora detido quando dirigia um automóvel a 154 km/h, aceitando suas explicações de que só pilotava carros quando orientado pela corajosa cara-metade.

Passo de tartaruga – Noticiário da emissora CBN deu conta, em fins de janeiro, de que um novo grupo de trabalho fora criado para estudar as licitações relativas à privatização de rodovias federais. A notícia gerou um comentário, de cunho estatístico: o novo grupo seria o 87º criado desde 2003 para estudar o assunto. Como apregoa o velho ditado, "no Brasil não há pressa".

A vez das cabeleiras – A bandidagem anda caçando no Rio de Janeiro e em São Paulo mulheres de cabelos longos e não pintados. A vendedora Mirna Marchetti, por exemplo, quase morreu de susto, ao deixar o shopping carioca onde trabalha, quando dois assaltantes, armados de pistola e tesoura, cortaram sua vasta cabeleira. O produto é vendido no mercado negro por cerca de R$ 300 ou mais, para uso em perucas.

Novo gigante – Joelisson Fernandes é um jovem do interior paraibano que mede 2,29 metros de altura, nove centímetros mais que Emil Rached, o brasileiro mais alto que até então se conhecia, e sete menos do que o chinês Xi-Shun, o homem mais alto do mundo, que recentemente visitou o Brasil. Joelisson diz que continua crescendo e sua descoberta nos cafundós da Paraíba já deixou alvoroçados muitos técnicos de basquete.

Desafinadinhos – Os vestibulares continuam alimentando o humor de blogs e e-mails que circulam pela internet. Perguntas sobre música clássica colheram as seguintes "pérolas" como resposta: "Bach está morto desde 1750 até os dias de hoje"; "Ópera é uma canção que dura mais de duas horas"; "A maior obra de Mozart é a trilha do filme Amadeus"; "A harpa foi um instrumento criado por Harpo Marx para os filmes dos Irmãos Marx". Digna de nota é a "erudição" do candidato que citou os nomes de Chopin e Schubert como dois grandes compositores românticos, tendo o cuidado de acrescentar que, "no Brasil, temos Roberto Carlos e Daniel"...

Poema raptado – O filólogo e escritor Paulo Rónai costumava espalhar por seu sítio em Nova Friburgo (RJ) poemas que Nora, sua esposa, pintava em tabuletas. Com o correr dos anos, elas foram se deteriorando e algumas sumiram. Cora Rónai, filha de Paulo, recebeu recentemente um pacote com uma das placas desaparecidas, com um poema de Cecília Meireles. Junto, numa cartinha, garranchos confessavam que o remetente, em menino, achava a tabuleta linda e a roubara. Encantada, Cora concluiu que um mundo onde crianças roubam poemas e adultos os devolvem ainda nos traz esperança.

Lotonome – Muita gente não gosta de ter seu nome em lista telefônica. Em Portugal, quem reza por tal cartilha está com dor-de-cotovelo depois que um excêntrico e solitário ricaço resolveu legar sua fortuna a pessoas que nunca vira em vida. Após abrir um catálogo de telefones, escolheu 70 nomes aleatoriamente e colocou os felizardos como herdeiros em seu testamento. O inventário foi aberto recentemente e calcula-se que cada um deles receberá o equivalente a US$ 25 mil.

 

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