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Carta ao leitor

Em palestra realizada no Conselho de Economia, Sociologia e Política da Federação do Comércio do Estado de São Paulo, Ozires Silva, ex-ministro da Infra-Estrutura e ex-presidente de importantes empresas, como Petrobras, Embraer e Varig, mostra seu inconformismo diante da realidade brasileira: como é possível um país tão cheio de recursos continuar pobre? Mais do que lamentar ou lançar mão de complexas teorias para tentar explicar uma situação que é histórica, ele propõe para o Brasil a fixação de um projeto político capaz de balizar iniciativas voltadas para o crescimento. Segundo Ozires Silva, inexistem metas de desenvolvimento, não há estratégia nem tomadas de decisões. Investimentos em pesquisa e avanços tecnológicos são reduzidos e uma vasta burocracia atormenta a vida de empreendedores e consumidores. Em síntese, é preciso eliminar uma série de obstáculos que nos impedem de chegar aonde desejamos.

Esse é o assunto que, por sua importância e oportunidade, ilustra a capa desta edição. Além disso, mostramos o drama em que se transformou a vida das famílias que ainda habitam o Parque Nacional do Jaú, no Amazonas. Em nome da preservação ambiental, há enormes restrições à exploração dos recursos naturais que foram sempre sua fonte de subsistência. Na verdade, a lei diz que elas devem sair dali, mas o poder público não oferece as condições mínimas para que se estabeleçam em outro local.

Este número traz também um panorama atual do mercado brasileiro de energia. Após o colapso do sistema, que deixou boa parte do território nacional às escuras em algumas ocasiões - os famigerados apagões -, muitos usuários decidiram se precaver e providenciar fontes próprias de geração.

Finalmente, para falarmos de arte, apresentamos o censuradíssimo Plínio Marcos, o modernista Oswald de Andrade e o mestre dos pincéis Candido Portinari.