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Desenhando a pluralidade dos corpos

Alunos da oficina Desenho de Modelo Vivo - Corpos Diversos | Foto: Junior Pacheco
Alunos da oficina Desenho de Modelo Vivo - Corpos Diversos | Foto: Junior Pacheco

Na contramão dos padrões estabelecidos pela história eurocentrista da arte, bem como das normas midiáticas que visam à modelação e homogeneização dos corpos, cursantes interessados na prática do desenho de modelo vivo puderam experimentar, ao longo de três anos no Sesc Belenzinho, uma vasta gama de possibilidades corporais na oficina Desenho de Modelo Vivo – Corpos Diversos.

Nesses encontros, foi observada, debatida e desenhada a pluralidade real da matéria humana: estruturas obesas, magras, altas e baixas; peles branca, negra, parda, amarela e indígena; corpo amputado, gêmeo, cicatrizado, gestante, albino, modificado, manchado, colorido; torso flexível e rígido, tronco frágil e resistente; gêneros masculino, feminino, não-binário. Cis e trans, jovem e idoso, sozinho ou acompanhado — tais corpos nus serviram de base para a experiência do desenho de observação da figura humana a partir de suas particularidades, sejam aquelas presentes nos gestos, nas limitações ou nas próprias histórias que carregam.

Como resultado deste processo, a Mostra de Trabalhos Desenho de Modelo Vivo - Corpos Diversos, organizada pelo artista plástico paulistano Júnior Suci, reúne mais de 50 trabalhos de 42 cursantes-artistas, que puderam explorar a ampla gama de possibilidades dos corpos que serviram de modelo, experimentando e usando o desenho como forma de conhecer e traduzir o mundo.

 

Confira a entrevista com Júnior Suci: