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Ed Motta: no meio do baile e no centro da capital
Plural, cosmopolita, misturado, congestionado, superpopulado, ruidoso. Todo adjetivo que se funda à ideia de “coletivo˜ está tão associado ao centro de São Paulo, que nem dá mais para dizer que a região o pega emprestado. Magnético para todo tipo de manifestação cultural, o centro viu (e vê) o florescimento (e a transformação) de inúmeros movimentos, aos quais ofereceu palco e público.
Com a black music, não foi diferente. Berço da cultura hip hop brasileira nos anos 80, morada do soul, do funk e do balanço, antes disso, além de, é claro, sempre ter no samba um parceiro boêmio, o centro tem na música preta uma velha conhecida.
Talvez por isso, o baile de clássicos trazidos por Ed Motta ao maior palco a céu aberto do centro de São Paulo, no dia 23 de novembro, no Sesc Parque D. Pedro II, tenha um sabor (e uma sonoridade) tão especial.
˜Realizar um show no mês da Consciência Negra é motivo de muito orgulho para mim! Sou negro e minha arte bebe da cultura negra e suas varias vertentes”, explica Ed.
Carioca, o músico revela que é na atmosfera cultural que também se fundamenta sua própria relação com o centro paulistano. “Eu adoro o centro de São Paulo. E isso vem desde a minha primeira visita profissional à cidade, em 1986. Já me apresentei no centro em algumas ocasiões e confesso que é sempre muito bom estar perto de minhas livrarias e lojas de discos prediletas no país”, afirma.
Com um setlist de sucessos, o Baile do Ed promete, assim como todo bom baile no centro da capital.