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200 mil trabalhadores da saúde podem perder direito ao SESC

O SESC presta atendimento a mais de 200 mil trabalhadores da área de saúde, em todo o país. Só no Estado de São Paulo são 55 mil. Todos matriculados e habilitados a desfrutar dos parques aquáticos, colônias de férias, centros culturais e desportivos, clínicas odontológicas, programas voltados para a criança e para a terceira idade e toda a vasta gama de programações sociais, culturais, educativas, desportivas e de saúde que a entidade oferece a seus beneficiários
Alguns estabelecimentos de saúde têm tentado, através de ações na Justiça, deixar de contribuir ao SESC - o que provocaria automaticamente o cancelamento do direito de seus funcionários de usufruir da entidade - mas, na maioria dos casos, a Justiça tem negado provimento a essas ações, tendo em vista os evidentes prejuízos sociais que acarretariam para os trabalhadores.
Agora, um perigo maior os ameaça. Não apenas os funcionários desta ou daquela empresa de saúde, mas a todos. A categoria inteira corre o sério risco de perder seus direitos ao SESC, definitivamente, por força do projeto de lei 13/2001, de autoria do senador Geraldo Althof (PFL-SC), que propõe a criação de um serviço social exclusivo para a área de saúde. Se esse projeto for aprovado, as conseqüências para esses trabalhadores serão drásticas e imediatas, pois cessa o compromisso do SESC de atendê-los, em todo o Brasil, já que cessarão as contribuições das empresas de saúde irão para a entidade.
Assim, durante todo o tempo que a nova entidade levar para se constituir, eles ficarão sem benefício algum. Se o SESC necessitou de mais de 50 anos para construir sua atual rede de centros culturais e desportivos, clínicas odontológicas e colônias de férias de que hoje esses trabalhadores podem desfrutar, em todo o país, é facil imaginar a longa espera que os aguarda para que possam ter os primeiros serviços da nova entidade à sua disposição.
Por outro lado, será difícil imaginar o que poderá ser feito com esses recursos, já que constituem apenas uma pequena parte do total de recursos que o SESC dispõe para desenvolver seus programas.
"Essa medida vai privar de imediato os trabalhadores da saúde de serviços hoje existentes, serviços de reconhecida qualidade, sem lhes oferecer qualquer contrapartida, já que a nova entidade, durante um bom tempo, vai existir apenas no papel", diz Danilo Santos de Miranda, diretor regional do SESC de São Paulo. E prossegue: "Não se cria um patrimônio, como tem o SESC hoje, da noite para o dia. Também não se formam profissionais capacitados e se desenvolve know-how de trabalho de uma hora para outra. É preciso tempo e muito investimento. E fragmentar recursos, dispersá-los em ações isoladas ou em entidades de pouca expressão, criadas apenas para atender a interesses políticos, é um desperdício que avilta a consciência de todo cidadão",finaliza.