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JORGE LEÃO TEIXEIRA
Em silêncio – Geraldo e Sebastiana Péres são casados há 50 anos, pais de 12 filhos e avós de um bando de netos, e vivem sob o mesmo teto, em Unaí (MG), a 140 quilômetros de Brasília, com uma peculiaridade: Geraldo há 35 anos fez um voto de silêncio e desde então não dirigiu nenhuma palavra mais à mulher. Calou-se quando boatos infundados espalharam que um de seus filhos, nascido com olhos azuis, seria fruto de uma infidelidade de Sebastiana. Jurou então que ficaria mudo para sempre.
O tempo correu, a desconfiança morreu, mas o voto de silêncio permaneceu, o que não impediu os dois de se tratarem cordialmente, falando por pessoas interpostas. Geraldo confessa que muitas vezes teve vontade de quebrar o voto de silêncio, mas não o fez por achar que palavra de homem sério não volta atrás. Como o casal dorme junto, para não perder tempo, Geraldo fez mais cinco filhos, explicando que "para ter filho não é preciso conversa nem luz acesa". Dia 30 de abril, inclusive, fez questão de comemorar diante do vigário local os 50 anos de seu casamento, 35 dos quais sob a lei do silêncio.
Geraldo é um exemplo vivo do slogan que o governador Magalhães Pinto consagrou durante seu governo: "Minas trabalha em silêncio".
Tabela – Cansado de agüentar a cara-de-pau dos amigos e clientes que pediam consultas grátis para gatos, cães, cavalos e bois, um veterinário do município fluminense de Quatis colocou o seguinte cartaz na porta do consultório: "Palpite: R$ 20; Olhadinha: R$ 30; Informação técnica: R$ 40".
Lua de fel – Policiais surpreenderam assaltantes no subúrbio carioca de Engenho de Dentro quando roubavam móveis da Colchoaria Lisboeta, colocando-os numa carroça. A polícia verificou que um casal de noivos, Fábio da Costa, e Amanda Mateus, voltando de uma festa na companhia de parentes e amigos, vira a porta da colchoaria aberta e resolvera solucionar o problema de como mobiliar sua casinha, aproveitando dois biscateiros que faziam carretos no bairro com uma carroça.
A patota foi autuada na delegacia, onde até mesmo o pangaré ficou detido para averiguações.
De circo – O palhaço Estrelinha, muito popular na região de Rio Claro (SP), onde comanda um programa de televisão, resolveu bater o recorde de distância rodoviária pedalando um monociclo, a fim de ter seu nome inscrito no Guinness Book of Records. Vestido com a fantasia de palhaço, pedalou o monociclo durante seis dias pelas rodovias Washington Luís, Anhangüera e Bandeirantes, percorrendo 160 quilômetros, entre aplausos e muitas piadas. Além de tentar o recorde, ele aproveitou o estirão para promover o seu show "Festa do Estrelinha".
Ferroada – A edição comemorativa dos 75 anos da revista americana "New Yorker" premiou o Rio de Janeiro com um anúncio mordaz, colocado por uma confecção que lançava roupas especiais para turistas, com bolsos à prova de furto. O texto do anúncio dizia: "Deixei meu coração no Rio – e minha carteira, meu relógio e meu anel…"
Estrilo – Indignado com as isenções fiscais concedidas para medicamentos veterinários, o deputado Darcísio Perondi (PMDB/RS) botou a boca no trombone, e pronunciou um discurso cujo fecho de ouro dizia: "Se um brasileiro entrar latindo numa farmácia é capaz de ganhar isenção para o remédio canino que precisa tomar. Mas se entrar tossindo, vai pagar mais caro".
Sufoco – Jogavam pela Copa da Noruega os clubes Sumadal e Sunndal. Após o tempo regulamentar, o placar de 0 x 0 exigiu uma prorrogação, pelo sistema de "morte súbita", isto é, quem faz o primeiro gol elimina o adversário. O goleiro do Sumadal, pressionado pela bexiga, não teve escolha senão aliviar-se ali mesmo, urinando sob as traves.
O juiz não pressentiu o sufoco do rapaz e ordenou o reinício da partida, ocasião em que um atacante do Sunndal, percebendo o que acontecia, deu um chutão e surpreendeu o goleiro em pleno "pipi stop", sem tempo para tentar impedir o gol que desclassificou sua equipe. Vitimada por um inusitado acidente diurético…
Urubu malandro – A cidade mineira de Pains, no alto São Francisco, tinha como mascote o urubu Casemiro, ave de estimação de um taxista, que era tratada a vela de libra: carne de primeira, iogurte, ovos e cervejinhas em datas especiais, além de tomar banho com sabonete, usar xampu e desodorante. O urubu morreu no início de maio e teve um enterro concorridíssimo, com a presença de centenas de pessoas, inclusive de autoridades municipais, e foi enterrado na praça principal de Pains, onde uma lápide comemorativa será colocada em seu túmulo.
Casemiro também era bom de voto, e foi o principal cabo eleitoral do prefeito Geraldo Couto. Ele também garantira a eleição de seu dono para a Câmara de Vereadores, o qual agradecia ao destino por lhe ter dado um urubu capaz de mudar sua sorte.
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