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Panorama teatral
O Mirada – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas de Santos está pronto para apresentar a produção cultural de 11 países, além de Brasil: Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Espanha, México, Peru, Portugal, Uruguai e Venezuela. O festival, a ser realizado de 2 a 11 deste mês, vai trazer amostras, por exemplo, da novíssima produção teatral latino-americana, com oito espetáculos que estrearam em 2010, sendo seis brasileiros: O Idiota – Uma Novela Teatral, Savana Glacial, Vida, Espoleta, Este Lado para Cima – Isto Não é um Espetáculo e Policarpo Quaresma. A mostra foi lançada em três locais diferentes – no Sesc Consolação, em Buenos Aires e no Sesc Santos, nos dias 5, 11 e 18 de agosto.
Durante o lançamento na Consolação, o diretor regional do Sesc São Paulo, Danilo Santos de Miranda (à esquerda na foto), recebeu das mãos de Hernán Lombardi, ministro da Cultura da cidade de Buenos Aires, um bandoneón [principal instrumento da orquestra de tango]. A programação completa do Mirada está disponível no site http://sescsp.org.br/mirada/


Arte popular
A 10ª edição da Bienal Naifs do Brasil 2010, que começou no dia 19 de agosto, apresenta 111 obras, de 80 artistas, até o dia 12 de dezembro no Sesc Piracicaba. Na estreia da mostra, três personalidades da arte popular e naif do país, que faleceram recentemente, receberam menções póstumas: o português radicado em Goiânia, Antônio Batista de Souza, que foi representado na Sala Especial da Bienal Naifs de 1996; o artista plástico piracicabano Geraldo Nascimento, ou professor Dinho, inspirado por mais de 30 anos pelo gênero artístico; e a carioca e antropóloga Lelia Coelho Frota, autora do Pequeno Dicionário da Arte do Povo Brasileiro (Aeroplano, 2005).

Brinde ao casal
No dia 29 de julho, o Sesc Santana comemorou o centenário da escritora Patrícia Galvão, a Pagu, e os 120 anos do escritor Oswald de Andrade – um dos criadores do movimento antropofágico e um dos mentores do modernismo –, unindo música e literatura. No palco, Beatriz Azevedo, José Miguel Wisnik, Celso Sim, Cristóvão Bastos e músicos convidados cantaram e leram obras dos homenageados sob direção de Marcos Azevedo.

Estudos de cinema
O CineSesc foi uma das salas de exibição da programação do 15º Festival Brasileiro de Cinema Universitário, realizado de 10 a 15 de agosto em diferentes espaços da cidade. Como parte da programação, no local foi organizado um encontro com o especialista em cinema escandinavo e no movimento Dogma 95 – escola que propunha a criação de um cinema mais realista e menos comercial – Bodil Marie Stavning Thomsen, da Universidade Aarhus, na Dinamarca, no dia 10; e uma mesa-redonda, no dia 15, com Zita Carvalhosa (produtora), Adhemar Oliveira (exibidor), entre outros, para discutir a produção cinematográfica universitária.

Música interior
Em cartaz no Sesc Consolação desde 5 de agosto, o espetáculo Dueto Para Um, com direção de Mika Lins e baseado no texto do dramaturgo inglês Tom Kempinski, conta a história de uma mulher que descobre que seu casamento e carreira profissional estão por um fio. Diante da questão, a personagem, uma violinista de sucesso internacional, passa a se consultar com um psicanalista que vai fazê-la ouvir os ruídos e a música em constante execução em sua mente. A peça segue na unidade até 1º de outubro.

Para os paulistas
Uma das principais obras do escritor e filósofo francês Denis Diderot, A Religiosa, ganhou montagem assinada pelo grupo carioca Hospedaria Cia. de Teatro e é apresentada no Sesc Pinheiros, de 13 de agosto a 5 de setembro. O monólogo, que chega a São Paulo após uma temporada de sucesso no Rio de Janeiro, traz Symone Strobel sob a direção de João Marcelo Pallottino.

Teatro Brasil
Criado pelo Departamento Nacional do Sesc, em 1998, o projeto Palco Giratório vem difundindo e descentralizando as artes cênicas no Brasil. A edição de 2010 manteve a política de promover o intercâmbio de companhias e espetáculos, para que o país conheça melhor a própria cultura. Em São Paulo, unidades do Sesc receberam em agosto montagens de diferentes regiões. Os gaúchos Tribo de Atuadores Oi Nóis Aqui Traveiz apresentaram, no Sesc Carmo, no dia 5, a peça Amargo Santo da Purificação (foto); os grupos cearenses Expressões Humanas e Teatro Vitrine levaram seu trabalho conjunto Encantrago – Ver de Rosa um Ser Tão, nos dias 12 e 13, a Osasco.

Teoria e prática
O projeto Repertórios Coreográficos, realizado pelo Sesc Ipiranga, apresentou, em julho, duas coreografias da Cia de Danças de Diadema. Fizeram parte do programa os espetáculos Crendices... Quem Disse?, no dia 22, sobre as crenças populares que habitam o cotidiano do povo brasileiro; e La Vie en Rose???, inspirado no título de uma famosa canção da francesa Edith Piaf, que trata de questões como identidade, o caminho da vida e a memória. A dança contemporânea foi também o tema de um workshop, realizado na unidade nos dias 6, 8, 13, 15, 20 e 22.

Manifestação do sagrado
O bailarino e coreógrafo japonês Tadashi Endo estreou o espetáculo Ma be Ma, no Sesc Ipiranga. A apresentação, parte do Especial Tadashi Endo, realizado entre os dias 3 e 8 de agosto, é resultado do processo de pesquisa colaborativo de dança inspirado no artista plástico Manabu Mabe, nascido em Kumamoto e naturalizado brasileiro. A parte conceitual da obra é o MA – elemento cultural peculiarmente japonês que pode ser entendido como a conjunção de espaço-tempo, o lugar onde o sagrado se manifesta. Além de Ma be Ma, Tadashi apresentou também a performance-solo Ikiru e ministrou aula sobre suas técnicas de Butoh-MA.


Capital intelectual
O diretor regional do Sesc São Paulo, Danilo Santos de Miranda, recebeu no dia 20 de agosto o economista da cultura Xavier Greffe. Durante o encontro, que reuniu ainda técnicos do Sesc, em sua própria Administração Central, foram abordados temas como os novos rumos do consumo cultural e como as indústrias criativas agregam conceitos para o aumento do capital intelectual de uma sociedade. De acordo com Greffe, também professor da Universidade Paris I Panthéon-Sorbonne, o debate dessa nova forma de economia representa um desenvolvimento factível que abarca estratégias multissetoriais entre as esferas pública e privada. “Esse processo em que a imaginação alimenta o real traz muito mais produtividade e bem-estar na sociedade”, disse o especialista, autor de 25 livros sobre o tema.

Mistério no palco
Tendo como tema a canção de um musical hollywoodiano da década de 1950, uma trupe bastante incomum viaja pelo Reino Unido e pela Irlanda, apresentando um número algo artístico e algo sobrenatural. Esse é o enigmático enredo de O Fantástico Reparador de Feridas, espetáculo apresentado, nos dias 24 e 25 de julho, no Sesc Santo André. A montagem é baseada no texto do dramaturgo irlandês Brian Friel, traduzido por Domingos Nunez – que também assina a direção –, e tem no elenco os atores Walter Breda, Mariana Muniz e Fernando Paz.

Parceiro do livro
Pela terceira vez consecutiva, o Sesc São Paulo participou como parceiro cultural da Bienal Internacional do Livro de São Paulo – que, de 12 a 22 de agosto, realizou sua 21ª edição, novamente no Pavilhão de Exposições do Anhembi. A instituição disponibilizou, em uma área de 300 metros quadrados do seu estande, uma vasta programação e lançamentos dos títulos do catálogo das Edições Sesc SP. A instituição promoveu, entre outros destaques, a leitura dramática Clarice Lispector por Beth Goulart e o bate-papo Primeiras Editoras Brasileiras, ambos no dia 12; projeto ?Tertúlia – Tradutores, com Mamede Mustafá Jaroucheno, no dia 13; além de inúmeras ações que podem ser conferidas no site http://sescsp.org.br/leiaeconte/sesc-na-bienal