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Almanaque Paulistano
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Capela de São Miguel Paulista
Originalmente construída como uma igreja, em 1622, a Capela de São Miguel Paulista é o templo religioso mais antigo da cidade de São Paulo. Localizada no bairro do mesmo nome, na Zona Leste da capital, a construção integra o conjunto de monumentos coloniais da cidade e foi erguida no mesmo local onde, durante o período de colonização do Brasil, foi levantada uma pequena capela, como parte do processo de catequização dos índios guaianases, no aldeamento de São Miguel de Ururaí.
Os primeiros reparos aconteceram ainda no século 17. A ampliação total aconteceu 100 anos depois, sob a orientação dos freis franciscanos, entre eles, frei Mariano da Conceição Veloso, que teve a sensibilidade de conservar as formas originais. Foram mantidos os alpendres laterais e frontais, os quais constituem elementos marcantes da arquitetura jesuítica no Brasil colonial. Os grandes atrativos são a simplicidade e harmonia dos recursos decorativos, como os totens nas portas e janelas. Os entalhes fazem alusão à presença de nativos oriundos de áreas andinas, trazidos ao Brasil por sertanistas.
O local foi tombado em 1938 pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e, entre 1939 e 1940, passou por uma terceira restauração, sob a orientação do arquiteto Luís Saia.
Com informações da historiadora Roseli Santaella Stella.
Vistas Contemporâneas
Exposição Bom Retiro, Uma Costura de Povos, no Museu da Energia de São Paulo
A Fundação Energia e Saneamento, por meio do Museu de Energia de São Paulo, localizado no bairro dos Campos Elíseos, na região central da cidade, apresenta, durante todo o mês de dezembro, a exposição Bom Retiro, Uma Costura de Povos. Na mostra, as diversas faces do tradicional bairro da capital, cujo traço principal é a convivência de diferentes culturas, resultado da vinda de imigrantes de diversas partes do mundo. Estão expostos acervos particulares e também de algumas instituições ligadas à memória, como o Arquivo Histórico Judaico Brasileiro, a Associação Brasileira de Coreanos, a Associação Brasileira de Preservação Ferroviária, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), o Memorial do Imigrante, o Museu da Pessoa e o museu da própria fundação. O visitante vai tomar conhecimento de algumas curiosidades, como o quanto a localização do bairro era privilegiada pelo fato de estar entre os rios Tamanduateí e Tietê, e a estrada de ferro inglesa São Paulo Railway, construída entre os anos de 1860 e 1867. Além da parte histórica, a exposição, que fica em cartaz até janeiro de 2010, apresenta também obras de arte – de autoria dos artistas Fefa Brito, Gina Dinucci, Hugo Perucci, Tati Bo, Vânia Medeiros e Eduardo Rosa –, confeccionadas com linhas, lãs e barbantes.
O Museu da Energia de São Paulo fica na alameda Cleveland, 601, Campos Elíseos. O horário de funcionamento é de segunda a sexta, das 10h às 17h. Mais informações pelo telefone 3333 5600 ou pelo site www.museudaenergia.org.br. A entrada é franca.