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Recorde histórico – Em janeiro, 115.915 pessoas foram ao Parque Nacional do Iguaçu, no Paraná, para ver suas famosas cataratas. Foi o maior movimento desde 1994 e o terceiro mais expressivo da história do lugar. Esse resultado é 42% superior ao de janeiro de 2003. Do total de visitantes, 46,8% eram estrangeiros, provenientes de 92 países, de todos os continentes, o que demonstra que o ecoturismo brasileiro, se convenientemente explorado, representa uma expressiva fonte de divisas para o país.

Foco na educação – De 2 a 4 de abril, a capital paulista sedia o Fórum Mundial de Educação, que acontecerá no Anhembi. No evento estarão mais de 60 mil educadores do mundo todo para debater um projeto de educação global, compatível com a atualidade. O fórum, cujo tema principal é "Educação Cidadã para uma Cidade Educadora", pretende ser um espaço de produção e socialização de conhecimento, assim como de reflexão sobre diferentes teorias e práticas educacionais.

Golpe vital – O Ministério da Saúde vem trabalhando num projeto que traz esperança a quem sofre de leucemia e necessita de transplante de medula óssea. Está em fase de aprovação a implantação do primeiro banco nacional de sangue de cordão umbilical do Brasil, o qual envolverá inicialmente seis instituições: Faculdades de Medicina da USP – de São Paulo e de Ribeirão Preto –, Unicamp, Instituto Nacional do Câncer, do Rio de Janeiro, Universidade Federal do Paraná e o Hospital Albert Einstein, de São Paulo.
Normalmente descartado após o parto, o sangue do cordão umbilical e da placenta é rico em células-tronco, que apresentam menor probabilidade de rejeição pelo organismo do transplantado. A estimativa de compatibilidade de tecidos entre brasileiros é de 1 para 15 mil, o que significa que o estoque mínimo do banco nacional deveria ser de 15 mil cordões. Os dados ficarão armazenados numa central, que poderá ser acessada de todo o país ou do exterior, para finalidade de pesquisa.

Reforma universitária – Qual ciência e qual universidade são desejáveis para enfrentar a complexidade do mundo?
Essa questão é o tema do livro "Ciclos e Metamorfoses – Uma Experiência de Reforma Universitária" (Editora Sulina, 216 páginas), de autoria de Maria da Conceição de Almeida e Margarida Maria Knobbe. O objeto da obra é uma experiência bem-sucedida de reforma da universidade e do pensamento, realizada na Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Não uma reforma burocrática, daquelas destinadas a fechar departamentos ou mexer nos postos hierárquicos, mas um processo que objetiva mudar mentalidades enrijecidas e certo produtivismo estéril da política universitária.
O registro da iniciativa permite acompanhar o experimento e acreditar na possibilidade de novos rumos para o país, hoje em sérias dificuldades para retomar o caminho do desenvolvimento. Caminho que passa, necessariamente, pelas salas de aula, bancos escolares e projetos de pesquisa.