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Bloco de Notas
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Bicampeão mundial – Pela segunda vez consecutiva, o Brasil está no topo do ranking de reciclagem de latas de alumínio, entre os países em que essa atividade não é obrigatória por lei. Em 2002, o índice alcançado foi 87%, o que corresponde a 121,1 mil toneladas, ou aproximadamente 9 bilhões de unidades. Esse total mais uma vez ultrapassa o do Japão, que de 1995 a 2000 foi o vencedor.
No Brasil, a reciclagem de alumínio envolve cerca de 2 mil empresas e chega a movimentar R$ 850 milhões por ano. Estima-se que 150 mil pessoas tenham na coleta dessas latinhas sua única fonte de renda.
Além da preservação do meio ambiente, essa prática proporciona outros benefícios, como poupar espaço nos aterros sanitários e reduzir o consumo de energia elétrica, propiciando uma economia que em 2002 foi de 1,7 mil GWh/ano, o equivalente à demanda anual de uma cidade de 1 milhão de habitantes.
De olho no passado – A arqueologia brasileira nunca viveu um momento tão bom quanto o atual, registrando iniciativas importantes, a exemplo da experiência desenvolvida em Ilhabela, objeto de matéria desta edição, e do Programa Arqueológico Gasoduto Araraquara Norte, que começou em abril e tem financiamento da empresa Gás Brasiliano. Nos três sítios explorados pelo projeto, no interior paulista, foram encontrados instrumentos de pedra lascada que revelam que a região já era povoada há mais de 3 mil anos. Esses achados constituem o ponto de partida para reconstituição do passado do lugar, que até então não havia merecido muita atenção dos especialistas.
Com a finalidade de reunir pesquisadores da área para troca de informações, entre os dias 21 e 25 de setembro a cidade de São Paulo recebe, no Parlamento Latino-Americano, arqueólogos de diversos países para participar de um congresso internacional promovido pela Sociedade de Arqueologia Brasileira (SAB), cujo tema central é "Arqueologias da América Latina".
Em defesa da costa brasileira – Diante da situação de abandono em que se encontra grande número de comunidades ao longo do imenso litoral do Brasil, um grupo formado por empresários, biólogos, oceanógrafos, educadores e profissionais de comunicação se uniu para fundar o Instituto Pharos, uma organização não-governamental (ONG) dedicada à tarefa de promover o desenvolvimento humano na região costeira.
Entre os objetivos da entidade, que incluem a adoção de uma política que evite a degradação oceânica, está a luta pela melhoria do saneamento básico, pela implantação de um manejo sustentável da pesca e pela implementação de modelos de agricultura e de turismo não-agressivos ao meio ambiente.
Duas medidas foram colocadas em prática, uma delas no município de Cairu, na região de Morro de São Paulo, no sul da Bahia, onde o instituto trabalha na implantação de diretrizes para a ocupação local e o turismo. Em setembro começa um curso de formação de guias mirins, que estarão atuando já no próximo verão, época em que o lugar é invadido por turistas brasileiros e estrangeiros.
Em Ubatuba, litoral norte de São Paulo, vem sendo desenvolvido o projeto Guardiões do Oceano, que utiliza um barco-escola para percorrer a região com 25 estudantes de instituições públicas em cada viagem, com o objetivo de transmitir-lhes noções sobre a importância da preservação ambiental. Um dos problemas mais graves identificados pelos jovens é o lixo jogado no rio Grande, que abastece 96% da população da cidade.