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Nada se perde, tudo se modifica. Esse poderia ser o resumo do tema da matéria de capa que discute sobre o ato de brincar em São Paulo. Porque se nossa geração brincava com piões e bolinhas de gude no meio da rua, num tempo em que a cidade era menor e menos perigosa, hoje a garotada se diverte com outros passatempos, alguns virtuais e outros certamente bem mais industrializados. Por certo mudaram os hábitos, porque a metrópole cresceu barbaramente nas últimas décadas, o desenvolvimento desordenado vem trazendo problemas terríveis como a falta de segurança. Os reflexos sempre são poderosos em se tratando de crianças: quando, de classe média para cima, passam a desfrutar seu lazer em ambientes fechados, como play-grounds de edifícios ou clubes; se, mais simples, acabam enfrentando os riscos da cidade grande. De qualquer forma, ocorreram outras modificações, promovidas pelas próprias tecnologias forjadas pelo homem. Se antes a grande maioria dos brinquedos ou eram improvisados pela artesania popular ou produzidos em baixa escala, agora merecem das indústrias a atenção reservada sempre aos grandes mercados consumidores: são mais bem-feitos e atraentes. A matéria flagra que as brincadeiras continuam, em todas classes sociais, porém com um novo enfoque, adequadas ao tamanho e aos perigos de S. Paulo.

Na entrevista, o promotor Sérgio Mendonça, atual presidente da Apae-Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais, fala sobre o trabalho de sua entidade, sobre como a sociedade tem encarado a pessoa excepcional e como a experiência acumulada vem auxiliando na condução de políticas públicas.

Quem disse que o centro paulistano não consome cultura durante os dias da semana e que lá só se respiram negócios? Na hora do almoço, ruas, teatros e outros espaços são invadidos por artistas que trazem música, circo e outras atividades artísticas aos trabalhadores. Enquanto comem um sanduíche, esses trabalhadores do centro da cidade frequentam exposições de arte, divertem-se com as trapalhadas circenses ou se encantam com doces acordes musicais. É a festa do meio-dia.

O CEM-Centro Experimental de Música, do Sesc Consolação, realizou mês passado uma avaliação para selecionar 400 estudantes que devem frequentar seus disputados cursos de música. Ao final de um período de seis meses, o CEM estará formando novos músicos, muitos deles seguirão carreira, outros, ao lado dos amigos, tornarão suas reuniões mais agradáveis e cordiais.

No Em Pauta, a discussão da mídia cultural a partir dos olhos dos produtores e realizadores culturais paulistanos. Em artigos exclusivos, eles debatem esse candente tema.

Danilo Santos de Miranda
Diretor do Departamento Regional do Sesc de São Paulo