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Bramante Buffoni

Nome de rua, Bramante Buffoni se estende para além das esquinas do bairro Vila Paranaguá, na Zona Leste de São Paulo. Artista italiano nascido no começo do século 20, foi no Brasil que ele realizou, particularmente na capital paulista, importantes obras que se tornaram cartões-postais. Caso, por exemplo, do piso geométrico da Galeria do Rock, no Centro. De qualquer andar da galeria, é possível perceber o jogo de formas que Buffoni criou para atrair a atenção dos transeuntes. Um piso à altura do emblemático projeto arquitetônico da também italiana Maria Bardelli.


Foto: Leila Fugii.


Pintor, desenhista gráfico e muralista, Buffoni foi parceiro por diversas vezes do arquiteto de interiores Giancarlo Palanti nos projetos das lojas e escritórios Olivetti do Brasil [empresa italiana que virou sinônimo de máquina de escrever no país, onde chegou a vender 10 milhões de unidades em meio século de atuação], entre as décadas de 1950 e 1960. Eram painéis que, em sua maioria, enfatizavam a natureza brasileira como tema.


Foto: Leila Fugii.


Apesar de pouco conhecido e lembrado – Buffoni faleceu em São Paulo na década de 1980 –, o artista também tem obras no acervo permanente do Museu de Arte de São Paulo (Masp), a exemplo da tela Terror da Guerra Mundial. Também são dele muitos dos painéis e mosaicos que habitam prédios dos bairros de Higienópolis e Indianópolis. Murais que acrescentam outras tonalidades ao concreto da Galeria Nova Barão e do Edifício Nobel (Av. Higienópolis), entre outros endereços. Pássaros e árvores coloridas que caíram nas graças de quem flana pela cidade... Antes mesmo do grafite e de outras intervenções artísticas ganharem as ruas.

 

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