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Olhares sobre a ocupação amazônica
Imensa, diversa, repleta de vida, conflitos e contradições. Nas palavras de Paulo Herkenhoff, curador da exposição Amazônia Ocupada, qualquer síntese que se tente fazer da região é frágil, pois Amazônia é irredutível a uma imagem – ou palavra.
Foi em 1985 que os paradoxos amazônicos capturaram de vez a atenção do fotografo João Farkas. O início do trabalho, que deu origem ao livro e à exposição Amazônia Ocupada, veio na oportunidade de registrar alguns garimpos juntamente com o jornalista Ricardo Lessa.
O choque de testemunhar a multidão de pessoas, das mais diversas origens, em uma verdadeira corrida pelo ouro alimentou o desejo de entender e retratar as complexas relações existentes naquele lugar: “Quando a gente viu aquela saga, aquela epopeia que estava acontecendo na Amazônia nós ficamos de queixo caído”, conta João Farkas, no documentário Olhar a Amazônia.
Era necessário continuar aquela grande reportagem sobre a ocupação amazônica, sem eleger heróis ou vilões.
Desde 1985 e 1999 foram 10 incursões pela região. Retratar a Amazônia é uma tarefa difícil, tanto na logística quanto nos recortes fotográficos “Ela é falsamente fotogênica, a gente vê muitas imagens bonitas e imagina que fotografá-la seja uma coisa fácil, lúdica”, afirma Farkas.
Uma das preocupações do fotógrafo era compor cuidadosamente as imagens, para obter fotografias extremamente interessantes visualmente, tendo a cor como elemento mobilizador da construção dos retratos.
O extenso trabalho resultou na exposição Amazônia Ocupada, que teve sua primeira montagem em 2015, no Sesc Bom Retiro e também virou livro publicado pelas Edições Sesc SP e Editora Madalena. A partir do dia 19/3 a mostra está aberta para visitação no Sesc Taubaté.
o que: | Exposição Amazônia Ocupada |
quando: |
De 19/3 a 19/6 |
onde: |
Sesc Taubaté | Avenida Engenheiro Milton de Alvarenga Peixoto, 1264 | 12 3634-4000 |
quanto: | Grátis |