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Represa de Guarapiranga

Um dos principais mananciais da Região Metropolitana de São Paulo, o reservatório localizado na Zona Sul da capital abastece quatro milhões de pessoas na Zona Sudoeste da cidade – incluindo as regiões de Santo Amaro, Morumbi, Pinheiros, Butantã e parte da população de Taboão da Serra. A represa surgiu com o represamento do Rio Guarapiranga pela Companhia Light & Power, com fins de produção de energia elétrica. A construção da barragem foi iniciada em 1906 e concluída em 1909. O lago ficou com um perímetro de 85 km, inundando uma área de 34 km2. A partir de 1928, a represa tornou-se a principal fonte de água para abastecimento público de São Paulo, fornecendo 86,4 milhões de litros de água por dia, com uma vazão média de um metro cúbico por segundo (m³/s). Em 1958, com a construção da estação de tratamento do Alto da Boa Vista, a represa passou a fornecer 9,5 m³/s, tornando obrigatória a elevação do nível da lâmina de água. Na época das cheias, o reservatório era mantido em níveis bem abaixo do máximo, para controlar as enchentes. Apesar das medidas preventivas, em 1976 houve uma cheia excepcional e o nível da represa subiu a ponto de exigir reforço da barragem com sacos de areia, a fim de evitar que a água transbordasse e inundasse a região do bairro do Socorro. Se isso acontecesse, a área alagada se estenderia até a região da avenida Brasil, na Zona Oeste. Assim como ocorre com a Billings, o manancial também é ameaçado pela ocupação da região. Segundo dados do Diagnóstico Guarapiranga, realizado pelo Instituto Socioambiental (ISA), em 2005, a população que vive ao redor do reservatório aumentou cerca de 40% entre 1991 e 2000 – e foi estimada, na época, em aproximadamente 800 mil pessoas.

Fontes: site da ONG S.O.S. Guarapiranga (www.sosguarapiranga.org.br) e Guarapiranga 2005 – Como e Por que São Paulo Está Perdendo Este Manancial, livro publicado pelo Instituto Socioambiental (ISA)


VISTAS CONTEMPORÂNEAS

Mostra Passato Immediato Influências, Ascendências, Presença Italiana na Arte Brasileira, na Fundação Memorial da América Latina

Que os italianos tiveram forte influência na transformação de São Paulo numa metrópole muitos já sabem. Na verdade, a presença é sentida até hoje. Porém, existem contribuições que podem fugir ao conhecimento da maioria, como as que se dão na arquitetura e nas artes. É essa lacuna que a exposição em cartaz na Fundação Memorial da América Latina até o dia 19 de agosto tenta preencher, ao menos no que diz respeito à produção artística. Com curadoria de João Spinelli, a coletiva – montada na Galeria Marta Traba – reúne obras de 80 artistas, entre italianos que vieram para o Brasil, brasileiros que foram estudar na Itália e descendentes de italianos – que, apesar de terem nascido no Brasil (ou mesmo outros países), desenvolveram aqui seus trabalhos. Segundo levantamento do Departamento do Patrimônio Histórico (DPH) da Secretaria Municipal da Cultura de São Paulo, mais da metade das esculturas instaladas na cidade foram idealizadas por artistas de origem italiana. Nomes um pouco mais conhecidos como Victor Brecheret (1894-1955) e Alfredo Volpi (1896-1988), e outros nem tanto, caso de Fulvio Pennacchi (1905-1992). O acervo exposto reúne pinturas, esculturas, desenhos, gravuras, fotografias e vídeos de artistas. Obras que pertencem a diferentes instituições culturais do estado – entre elas, a Pinacoteca do Estado de São Paulo, o Museu de Arte Contemporânea (MAC) da Universidade de São Paulo (USP), o Instituto Lina Bo Bardi e P.M. Bardi e o próprio Memorial da América Latina.

A Fundação Memorial da América Latina fica na avenida Auro Soares de Moura Andrade, 664, no bairro da Barra Funda, Zona Oeste de São Paulo. Visitas à exposição, na Galeria Marta Traba, podem ser feitas de terça a domingo, das 9h às 18h. Informações pelo telefone 3823-4600. A entrada é franca.

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