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por Jorge Leão Teixeira

Bicicletagens – Muito sofre quem padece, reza um velho ditado. Que o diga a diligente deputada estadual Lucinha, do PSDB carioca, brava lutadora pela zona oeste do Rio, defensora da ciclovia integradora para aquela região. Na inauguração dos 22 quilômetros da obra, ela compareceu, emocionada, numa bicicleta elétrica de fazer inveja ao prefeito Eduardo Paes, outro amante do ciclismo. Em tempo: a deputada estranhou a nova bicicleta e levou dois tombos, sofrendo uma luxação no braço esquerdo.

Palhaço corre perigo – Ronald McDonald é um palhaço famoso nos Estados Unidos, embora não dê expediente em picadeiros circenses. Símbolo publicitário da maior cadeia de fastfood do mundo, Ronald está sendo alvo de uma campanha maciça da comunidade médica americana, que clama por sua aposentadoria imediata devido a estudos que comprovam a crescente obesidade das crianças encantadas pelo marketing dos gordurosos produtos de lanchonetes.

Aviso aos navegantes – Um tipo de preservativo criado por uma empresa de biotecnologia britânica – CSD500, conhecido como “Camisinha Viagra”, capaz de melhorar a qualidade do ato sexual – promete apimentar o sexo com segurança. Desenvolvido pela Futura Medical para a marca Durex, o CSD500 já está em fase de aprovação na União Europeia e, segundo o “Wall Street Journal”, deverá ser comercializado dentro de um ano.

Multivox – Maria Helena Pader, a Leontina de “Lara com Z”, tem uma voz que mexe com a memória dos telespectadores de várias idades. Explica-se: emérita dubladora, foi a voz da vilã Cruela de 101 Dálmatas, de Mortícia da Família Addams, de Sarabi, mãe do Rei Leão, da Rainha Má de Shrek, de Evelyn Harper do seriado “Dois Homens e Meio”, da mãe Fran da “Família Dinossauro”, além de muitos outros papéis. Ela confessa que dublar Fran foi seu trabalho favorito e que até hoje, em muitas lojas, intriga vendedores e fregueses ao pedir para ser atendida. “De onde conheço sua voz?”, perguntam com frequência.

Confiar, desconfiar... – O Ministério da Educação jura por todos os santos que o Enem de outubro não irá tropeçar em vexame algum. Já a estudantada continua confiando desconfiada. Basta dizer que o slogan “Enem vem que não tem” começou a circular de boca em boca.

Chá de cadeira – Duas festas de casamento marcadas para a tradicional Confeitaria Colombo, no centro do Rio, por pouco não foram canceladas, frustrando noivos e convidados, quando a segurança do presidente Obama, que cumpria um compromisso no Teatro Municipal, resolveu proibir eventos no entorno do local. Após “gestões diplomáticas”, os casórios foram atrasados em duas horas, para o bem de todos e a felicidade geral dos noivinhos.

Oimar – Nos bastidores dos meios publicitários corre o bochicho sobre um contrato fabuloso que o cracão Neymar teria firmado com o grupo Oi, com vigência a partir de 2012. Coisa de chutar qualquer outro contrato de futebol para a segunda divisão.

Última homenagem – Pela primeira vez na história da polícia de Minas Gerais, os cães pastores Lyon e Dox, que morreram baleados por criminosos em Ribeirão das Neves, foram cremados, em cerimônia com direito a honras militares realizada no quartel da 1ª Companhia de Missões Especiais, assistida por mais de cem civis e militares. O sargento Wellys Lucindo, condutor há três anos de Lyon, emocionado, confessou: “É a mesma coisa que perder um familiar”. As cinzas foram levadas para o canil da corporação.

Vaidade não tem idade – Em Carangola, Zona da Mata mineira, faleceu em junho de 2011 Maria Gomes Valentim – a Vó Quita –, até então a mulher mais velha do mundo, segundo o registro do famoso Guinness World Records. Foram 114 anos bem vividos de uma mineira vaidosa, que não abria mão dos pitéus da boa cozinha regional. Ela dizia que o segredo de viver tanto não tinha mistério: cochilar depois do almoço, muita pimenta, três dedinhos de vinho às refeições e “cuidar somente da minha vida”.