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Editorial
Criar condições
para uma crescente participação das pessoas no universo
das tecnologias digitais passa a fazer parte da agenda de prioridades
de todos os setores organizados da sociedade. Uma demanda plenamente justificada,
já que nossa participação no mundo contemporâneo
se dá, cada vez mais, por nossa maior ou menor capacidade em nos
adaptarmos aos determinantes de uma nova ordem social configurada pela
informática.
Em nosso País, ao lado dos agudos desníveis sociais de renda,
há uma carência muito grande no que concerne ao acesso da
população não-privilegiada aos recursos tecnológicos.
Procurando propiciar um acesso amplo e irrestrito para todos os segmentos
da sociedade, o Sesc São Paulo criou, há dois anos, o programa
Internet Livre. A iniciativa contempla a oferta de salas especiais, em
várias de suas unidades, equipadas com computadores de última
geração, todos conectados à Internet pelo sistema
de banda larga, e processadores de imagens. O objetivo não é
oferecer somente a tecnologia em si, mas principalmente estimular a criatividade
e a utilização do recurso para fins educacionais e culturais.
Nesse sentido, a sociedade organizada necessita mobilizar seus recursos
para fortalecer e ampliar a dimensão educativa na utilização
das novas tecnologias. Esse aspecto torna-se condição necessária
para que as pessoas possam usufruir, de maneira construtiva, das inúmeras
possibilidades que a inserção no universo digital oferece.
Condição que só será possível alcançar
se aliarmos uma ampla e contínua participação das
pessoas, nesse contexto, com a melhoria dos padrões de educação.
Abram Szajman
Presidente do Conselho Regional do Sesc no Estado de São Paulo