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Ilustração: Leandro Shesko
Ilustração: Leandro Shesko

Por: JORGE LEÃO TEIXEIRA

Empanturrou-se de ovos – Parecia improvável, mas a competidora Cleuza Ramos deu conta do recado. Na última Festa do Ovo, na cidade paulista de Bastos, ela participou de uma disputa para premiar a mulher que comesse mais ovos de codorna, em cronometrados 12 minutos. “Comer” é um modo singelo de dizer, pois, no afã de ganhar o desafio, elas engolem aquele diminuto corpo orgânico com a ajuda de pequenos goles de água. Cleuza mandou para baixo 122 ovos, oito a mais do que em 2014, e sagrou-se bicampeã do concorrido torneio, considerando que, no ano passado, já havia levado a melhor. “Não vai ter janta hoje”, ela disse depois que os juízes encerraram o jogo.
O ovo é o carro-chefe da economia de Bastos. Com mais de 20 milhões de galinhas (a codorna ainda tem pequena participação no negócio) e produção diária de 16 milhões de ovos, o município ocupa o primeiro lugar no ranking da avicultura de postura no país.

Meio século depois – Dois fazendeiros suíços, já falecidos, moravam numa região montanhosa no vilarejo de Ilbach, no cantão de Schwyz, no centro do país alpino e a apenas 13 quilômetros um do outro. Era comum trocarem cartas, principalmente nas datas especiais, como o natal de 1965. No dia 16 de dezembro daquele ano, um deles postou um cartão-postal para o outro com votos de boas festas. O destinatário deve ter estranhado o fato de a carta nunca ter chegado, mas é possível que tenha se contentado com as explicações do remetente de que a correspondência havia sido postada.
De fato foi. Segundo o portal UOL, o cartão-postal chegou dias atrás, 50 anos depois ter sido colocado no correio, “que pediu ao receptor da carta para pagar a diferença de preço do selo, que na época valia 10 cêntimos de franco suíço e atualmente roça os 90 cêntimos”. O filho do destinatário levou tudo na brincadeira, dizendo que “talvez quite a quantia nos próximos 50 anos”.

Branca como neve – O vilarejo litorâneo de Hyams, a 180 quilômetros de Sydney, a cidade mais populosa da Austrália, tem uma curiosa particularidade, além do fato de ser habitado por apenas 290 pessoas: a cor da areia de sua praia. Ela é branca. Mas tão branca que aos desavisados pode ser confundida com neve (vista de longe, é claro). Qual é a explicação para o fenômeno? A areia, que encanta os turistas e enche de orgulho os moradores do local, é constituída de pequenas esferas de cristais de quartzo.

Sem noção – Lake Worth, um município de 36 mil habitantes no condado de Palm Beach, no estado americano da Flórida, tem uma taxa de desemprego de 4,5%. Lá, em tese, não trabalha quem não quer (ou quase isso). Mas, a despeito dessa condição, engana-se quem imagina que a malandragem resida longe dali. Desocupados e desinteressados no trabalho existem em todos os lugares. Dias atrás, uma família local levou um grande susto ao chegar em casa e se deparar com um estranho dormindo no sofá da sala. Na cozinha, garrafas de cerveja vazias e ossos de galinha espalhados pelo chão mostravam que ali havia ocorrido um ferrenho ataque à geladeira. Gavetas abertas denunciavam, na realidade, qual era a verdadeira intenção do invasor, que continuava dormindo, apesar da presença dos moradores.
A polícia foi chamada e o amigo do alheio, um homem de 22 anos, após acordar, disse que estava ali em paz e que só arrombou a porta porque precisava de um lugar para ficar. Simples, não? Em seu bolso, todavia, o xerife encontrou uma porção de joias que pertenciam à família. Descobriram, também, que já havia um mandado de prisão contra ele por roubo praticado no estado do Texas.