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Ode ao agribusiness

Exatamente como em anos anteriores, o agronegócio continua a responder por uma gorda fatia da balança comercial, amenizando a queda do Produto Interno Bruto (PIB) e gerando empregos. No ano passado, por exemplo, o PIB do setor chegou a R$ 1,178 trilhão, o equivalente a 21,34% da produção nacional, e as vendas externas bateram em US$ 96,74 bilhões, ou 42,97% do total comercializado pelo país no exterior. E em 2015, para não ser diferente, a despeito da queda dos preços das commodities, o campo mantém sua influência sobre os números globais da economia, conforme mostra a reportagem de capa desta edição de Problemas Brasileiros, “A boa colheita do agronegócio”. Jogam contra, entre tantos outros fatores, a logística e a infraestrutura de transporte para escoamento da safra, que aumentam as perdas da produção e elevam os custos.

É sempre bom lembrar, e isso faz bem para o ego, que o Brasil é o primeiro produtor mundial de açúcar, de café e de suco de laranja; o segundo de carne bovina e de soja em grão; o terceiro de carne de frango, de farelo de soja e milho e de óleo; e o quarto de carne suína. E em exportações é o primeiro em açúcar, café, carne bovina e de frango, milho, soja em grão e suco de laranja; o segundo em farelo de soja e óleo e o quarto em carne suína.

Apesar das boas notícias que emanam do meio rural, a indústria de máquinas e implementos agrícolas, uma das responsáveis pela ascensão do agribusiness nacional, não tem caminhado com passos firmes. A reportagem “Caem as vendas, cresce a inovação” mostra que esse ramo empresarial experimentou um retrocesso nas vendas da ordem de 25%, apenas no primeiro semestre de 2015. Todavia, independente do panorama nada animador, modelos de equipamentos cada vez mais sofisticados e tecnologicamente avançados são colocados no mercado, casos, para citar apenas dois exemplos, de pulverizadores que medem a quantidade necessária de fertilizante e de máquinas equipadas com GPS que fazem a análise do solo, entre outras propriedades.

Assim como a mecanização agrícola, a internet também tem dado sua cota de colaboração para a revolução registrada no campo, transmitindo conhecimentos e permitindo a troca de informações. A reportagem “O Brasil caiu na rede” faz um retrato desse segmento, mostrando que o país pode ter, hoje, mais de 120 milhões de internautas, soma equivalente ao triplo da população da Argentina e ao dobro do número de habitantes do Reino Unido e da França.

Boa leitura!

Abram Szajman
Presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo 
e dos Conselhos Regionais do Sesc e do Senac