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Editor gráfico do Sesc Sorocaba conta como foi a experiência de pedalar pelas ruas da maior cidade do país

Com a instituição de uma nova ordem de trânsito na cidade de São Paulo, em que a bicicleta passa a ter mais espaço com a inclusão de ciclovias e ciclofaixas, o debate público se acirrou, dividindo opiniões. Frequentadores das unidades do Sesc em Sorocaba e no Bom Retiro participaram do Passeio Ciclístico de Luzes de Natal de São Paulo, e percorreram ruas paulistas utilizando ciclovias, ciclofaixas e vias não específicas para o ciclismo. O editor gráfico do Sesc Sorocaba, Daniel Cotrim, foi um dos participantes e contou para a EOnline um pouco da experiência de andar de bicicleta numa das maiores cidades do mundo.

EOnline - Você costuma andar de bicicleta? Se sim, com qual finalidade?
Daniel Cotrim - Andar de bicicleta é um dos meus esportes favoritos, mas não é sempre que consigo tempo para praticar. Em média, ando somente três vezes por mês. Como moro bem próximo a São Paulo, gosto ir de bicicleta do Butantã até a Vila Mariana para visitar parentes e depois fazer o percurso de volta. Levo cerca de três horas para ir e voltar. Vale mais pelo passeio e lazer do que pela prática regular de atividade física.

Como foi o passeio?
O Passeio Ciclístico de Luzes de Natal de São Paulo foi uma experiência muito positiva. Além de conhecer "novos" pontos de ciclovia que eu não conhecia na cidade de São Paulo, foi meu primeiro passeio ciclístico do Sesc. Andei poucas vezes de bicicleta em grupo em minha vida e atualmente tenho andado sozinho, o que é bastante diferente.

E a questão de passear em grupo?
O grupo se mostrou bastante heterogêneo, com pessoas que praticam o esporte regularmente e outras que foram a passeio. É interessante ver o bom humor e espírito de equipe das pessoas. O grupo se protege, como por exemplo na Avenida Paulista, onde não tem ciclovia, os praticantes formam um "bloco" que diminui o risco de fechadas de carros, ônibus e motos. Gostaria de deixar aqui o meu agradecimento a todos os participantes e a equipe de instrutores envolvidos nesta atividade.

Enfrentou dificuldades?
Não tive dificuldades, pois o ritmo foi bem tranquilo, ditado pelo grupo.

Você utilizou faixas próprias pra ciclismo, ou também utilizou vias tradicionais? Se sim, como foi essa experiência?
Na maior parte do percurso transitamos por ciclovias, mas utilizamos algumas vias tradicionais. Nesses trechos, é importante que o grupo esteja todo na mesma faixa e sempre junto, para evitar que carros entrem no meio das bicicletas. Essa união se mostrou bastante importante na prática, pois a coletividade faz toda a diferença no passeio, prezando pela segurança dos participantes.

Como você vê o trânsito sendo um usuário de bicicleta e de veículo motorizado?
O trânsito de São Paulo é caótico, independente do meio de transporte que se utilize. A bicicleta não é vista como meio de transporte por muitos motoristas, o que resulta em preconceito e falta de respeito, necessitando maior atenção nas vias tradicionais. Mas é obrigação do ciclista, do motorista e do pedestre respeitar a sinalização, pois para ser respeitado é preciso respeitar.

Há hostilidade por parte dos demais usuários das vias públicas?
Muitos consideram a bicicleta um meio de transporte marginal, tanto usuários de veículos motorizados quanto pedestres. Nas ciclovias e ciclofaixas, há os que estacionam carros e pedestres que as usam para caminhar. Não considero isto uma hostilidade, mas falta de respeito para com os ciclistas. Fora das ciclovias há hostilidade. Os carros não respeitam o espaço da bicicleta, não a aceitam como um dos veículos no trânsito. Consideram que elas não deviam estar nas ruas.

Voltando a questão do passeio, pretende repetir a dose?
Sim, com certeza! Sempre que possível, pretendo participar dos passeios ciclísticos e do Clube do Pedal do Sesc. Apesar das obrigações que fazem parte da nossa rotina, é preciso tentar organizar o tempo para realizar atividades que melhorem nossa qualidade de vida.

Após esse passeio. Qual será a sua relação com a magrela?
Senti-me incentivado a andar mais de bicicleta, tanto em São Paulo como em Sorocaba, inclusive para experimentar novas ciclovias. Além disso, você conhece novas pessoas que têm o gosto em comum pelo ciclismo, o que é muito gratificante. A bicicleta é um meio de transporte fantástico, não poluente e saudável. Não consigo imaginar no momento outro meio de transporte com mais benefícios do que este. Acho que o mais importante de tudo, no final, é o clima de companheirismo e a satisfação de missão cumprida no final do percurso. E que venha o próximo passeio!

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Clube do Pedal – buscando incentivar o uso da bicicleta como meio de transporte e lazer, o Sesc Sorocaba conta com um Clube do Pedal para praticantes e um para iniciantes. Além de passeios distintos, como o das Luzes de Natal na Cidade de São Paulo, há atividades semanais pelas ciclovias da cidade e região, de trajetos variados, bem como encontros que focam na manutenção com os equipamentos e a atualização de conhecimentos para os praticantes, com clínicas e bate-papos com ciclistas e esportistas.

Confira imagens do passeio: