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País em movimento
A primeira edição da Semana Move Brasil estimula a prática de esportes e atividades físicas com programação de âmbito nacional
Entre os dias 22 e 29 de setembro, a Semana Move Brasil vai estimular a ampliação do número de brasileiros praticantes de esporte e de atividades físicas em seu tempo livre. Seguindo a mesma linha das diversas atividades propostas pela campanha Move, tal programação do Sesc visa se aproximar do público expandindo o esporte para todos; estabelecendo e fomentando uma rede de parceiros; acolhendo, aglutinando e divulgando conhecimentos; apoiando e divulgando pesquisas e práticas na área; implementando programas e projetos que futuramente usufruam da infraestrutura desportiva no país e promovendo ações práticas para ampliar o número de praticantes de esportes e atividades físicas no país até 2016.
Tênis de mesa, boomerang, vôlei, circo, saltos e acrobacias, badminton, squash, atletismo, dança, caminhada, airtrack, judô e yoga são apenas algumas das opções da programação oferecidas na Semana, que tem alcance nacional e é coordenada pelo Departamento Nacional do Sesc. “Como a ideia é mostrar a diversidade das práticas esportivas e físicas, teremos muitas atividades, práticas individuais, coletivas, ao ar livre, em ambientes fechados e na água. Dessa forma, as pessoas poderão escolher a que mais lhes agrada”, explica a assistente técnica da Gerência de Desenvolvimento Físico-Esportivo do Sesc, Luciana Vaz.
Três eixos de atuação foram adotados para nortear a Semana Move Brasil. O Move Escola foca o desenvolvimento de ações dentro de instituições educacionais ou em espaços físicos dos parceiros (“movedores”) voltados para o atendimento de escolares. O Move Empresa busca desenvolver ações dentro de ambientes corporativos, onde torneios e campeonatos serão organizados. Já o Move Comunidade contempla ações voltadas às comunidades em espaços públicos e privados, como parques, clubes, academias e instalações dos parceiros, incluindo unidades do Sesc. “Todas as unidades operacionais do Sesc realizarão atividades na Semana Move Brasil. A maior parte das atividades é gratuita e aberta a toda a comunidade, outras são a preços populares. O objetivo é estimular a participação, o respeito às individualidades dos participantes”, esclarece Luciana.
Uma das grandes metas do evento é deixar um legado social positivo para os brasileiros, atrelado ao fato de o país sediar megaeventos esportivos nos próximos anos – como a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos em 2016. Tendo isso em vista, essa será uma oportunidade de atrair investimentos, atenção da mídia e a população em torno do tema. Por isso, Luciana Vaz ressalta que esse é o momento propício para mobilizar novos parceiros a se juntarem à campanha Move Brasil. “Sabemos que para colocar o país em movimento é preciso ativar o poder público e a sociedade civil”, afirma.
“A maior parte das atividades é gratuita e aberta a toda a comunidade, outras são a preços populares. O objetivo é estimular a participação, o respeito às individualidades dos participantes”
Luciana Vaz, técnica da Gerência de Desenvolvimento Físico-Esportivo do Sesc
Jazz no Pompeia
Realizada de 1º de agosto a 1º de setembro, no Sesc Pompeia, a terceira edição do festival Jazz na Fábrica reuniu mais de 30 espetáculos, entre bandas e artistas solo. Alguns dos destaques da programação internacional ficaram por conta do angolano Afrikkanittha, que se apresentou ao lado do Cliff Korman Trio no dia 2; da cantora norte-americana Cassandra Wilson, cartaz dos dias 9, 10 e 11; e do David Murray Quartet, acompanhado da cantora Macy Gray (na foto, ambos também dos Estados Unidos), que fez shows nos dias 23 e 24 de agosto. Já entre os nacionais, um dos pontos altos foi a apresentação de João Donato, nos dias 24 e 25.
“Sempre trabalhamos com músicas imagéticas e temos esse lance visual nos shows (...) Instrumental ou não, música cinematográfica sempre nos interessou demais”
Jorge Du Peixe, vocalista da banda Nação Zumbi, ao site Vírgula (virgula.uol.com.br). O músico e cantor se apresentou com seu projeto paralelo Los Sebosos Postizos, nos dias 25 e 26 de julho, no Sesc Vila Mariana
“Na minha vida, eu sempre priorizei a composição, sou um compositor. Quando aparecem uns trabalhos grandes, de encomenda, vou ficando em casa mesmo, compondo”
Edu Lobo em entrevista à revista Época. O músico fez show na unidade Pinheiros, nos dias 26, 27 e 28 de julho
Mirada na telinha
O canal SescTV exibe, durante o mês de setembro, a série de documentários Mirada, com títulos produzidos pelo jornalista Ale Primo, pelo cineasta Amílcar Claro e pela produtora Querô Filmes. A grade inclui as produções Teatro Ibero-Americano e Suas Fronteiras (de Ale Primo), no dia 9, às 20h; Olhar Jovem (da Querô Filmes), na mesma data, às 20h30; Continente Teatral Ibero-Americano, no dia 13, às 20h; Teatro do Eu Profundo, no dia 16, às 20h; A Dança dos Paradigmas no dia 20, às 20h; Quando o Teatro Rompe suas Fronteiras, no dia 23, às 20h; e Poéticas Políticas Contemporâneas, no dia 27, às 20h – todas assinadas por Claro.
O ator está nu
Parte do festival Palco Giratório, a montagem Objeto Gritante trata do ofício do artista das artes cênicas – sobretudo, a relação com o corpo e a utilização das chamadas máscaras sociais. Na peça, destaque da programação do Sesc Consolação, nos dias 6 e 7 de agosto, a Companhia Mauricio de Oliveira & Siamese mergulha em um diálogo sobre as razões pelas quais os artistas se despem cotidianamente diante do outro – em busca, segundo a montagem sugere, de uma razão primordial de existência.
Quarenta anos
Entre os dias 26 e 29 deste mês de setembro, a unidade Santana realiza o projeto 73 Rotações, série de quatro shows em que artistas brasileiros interpretam o repertório de discos emblemáticos lançados no ano de 1973. As apresentações contam com Karina Buhr revendo Secos & Molhados; Céu em versão para Catch a Fire, de Bob Marley & The Wailers; a banda Cidadão Instigado com The Dark Side of the Moon, do Pink Floyd; e Fred 04 relendo o LP homônimo do sambista Nelson Cavaquinho.
Cavaleiro sertanejo
O célebre romance do espanhol Miguel de Cervantes (1547-1616) Dom Quixote de La Mancha conta a história do fidalgo que perdeu a razão e vê monstros ao olhar para moinhos de vento. Na montagem Dom Caixote e o Bode, que a Cia. Burucutu apresentou no Sesc Osasco, no dia 11 de agosto, o personagem é trazido para o sertão brasileiro e também se vê às voltas com muitas aventuras, mas com figuras da nossa cultura popular em vez de dragões medievais. No caminho, o nosso cavaleiro andante chega até a conhecer Padre Cícero.
Um novo lugar
Colaboração entre as companhias Mundo Perfeito, de Portugal, e a brasileira Foguetes Maravilha, o espetáculo Mundo Maravilha propõe uma jornada que sequer precisa deixar os limites do quarto de dormir. Talvez à mítica cidade submersa de Atlântida? A uma ilha perdida? Quem sabe em busca da identidade perdida? Para a trupe, mais importante que o destino é a navegação, procurando permanentemente o caminho. A “viagem” aconteceu no Sesc Belenzinho, de 26 a 28 de julho.
Sobre nossa época
Cartaz da unidade Bom Retiro de 18 de julho a 11 de agosto, Krísis é um espetáculo teatral estruturado em cinco fragmentos que apresentam heroínas e figuras míticas saídas de tragédias gregas. Mais do que oferecer respostas para a “crise” a que o título se refere, a peça questiona e incita dúvidas para a reflexão acerca do nosso tempo. A montagem é da Companhia Nova Teatro, tem dramaturgia de Eduardo Brito e Carina Casuscelli, direção e iluminação de Lenerson Polonini, e traz no elenco, entre outros, os atores Paulo César Pereio e Elke Maravilha.
Rock no Carmo
Criado em 2005, o grupo de rock Garotas Suecas fez show no Sesc Carmo, no dia 26 de agosto. O sexteto é formado por Guilherme Saldanha (vocais), Tomaz Paoliello e Sergio Sayeg (guitarras), Irina Bertolucci (teclado), Fernando “Perdido” Machado (baixo), Antonio Paoliello (bateria) e está na estrada divulgando o primeiro disco, Escaldante Banda, lançado em 2010. No currículo, a banda acumula o prêmio Aposta MTV (concedido pelo Video Music Brasil de 2008) e uma indicação a Melhor CD Popular no 7º Prêmio Bravo! Prime de Cultura.
As formas do amor
O CineSesc exibiu, nos dias 1º, 3 e 8 de agosto, a produção francesa Camille Claudel, 1915, dirigido por Bruno Dumont e lançado este ano. O filme tem a atriz Juliette Binoche no papel-título da escultora (1864-1943) – aprendiz e amante de Auguste Rodin (1840-1917) – e narra a vida reclusa da artista, internada pela família num manicômio no sul da França, logo após o fim de seu turbulento e abusivo romance com Rodin. A conturbada relação entre os dois já tinha sido retratada no cinema em 1988, no filme Camille Claudel, que trazia os também franceses Isabelle Adjani e Gérard Depardieu nos papéis principais.
Causos que não acabam mais
Encantadim é um boneco cantador e prosador, que narra diversos causos populares. São essas histórias que costuram a montagem Encantadim Contacaso, apresentada pela Cia. Alumiar no Sesc Interlagos, no dia 3 de agosto. A narração de histórias inclui o encontro do personagem com um dragão chinês em pleno sertão nordestino – “prosa” de onde surgem o dia e a noite; fala de uma flor mágica que desejava banhar-se na luz do luar; e, por fim, mostra uma de suas divertidas confusões, com várias parlendas (rimas infantis em versos) e que parece nunca ter fim de tão intrincada.
Podres poderes
A performance de dança Under die Sumpf et la Decadance, em cartaz de 3 a 31 de agosto, no Sesc Ipiranga, parte de uma reflexão sobre o desejo de poder “inerente à natureza humana”, segundo define a sinopse. Em cena, esse anseio é representado na forma de um casaco de peles em decomposição, de objetos de valor suspensos no tempo e no espaço, e na lembrança de um glamour que mais aterroriza do que enaltece. Exemplos daquilo que o poder dá, porém, na maioria das vezes, também corrompe. A concepção do trabalho é de Manoela Cardoso em parceria com as performers da montagem, Adega Olmos e Júlia Abs.
Letra e música
Uma homenagem a Guimarães Rosa (1908-1967), o espetáculo Imaginário Roseano – que o Sesc Itaquera apresentou no dia 27 de julho – parte de releituras de clássicos da MPB. Canções como Serafim e Seus Filhos, Desenredo e Boiadeiro se unem a declamações de trechos da obra do escritor mineiro, autor de Sagarana e Grande Sertão: Veredas – entre outros clássicos da literatura nacional. A parte musical fica a cargo de João Araújo e Rodrigo Delage; os causos, anedotas e declamações são de Olavo Romano.
O lixo de uns...
O menino João, interpretado pelo ator Danilo Dal Farra, transforma lixo em coisas novas – na verdade, “novinhas em folha”, como ele gosta de frisar. Um dia ele entra por acaso num teatro para recolher cacarecos para suas reciclagens e resolve bater um dedinho de prosa com a plateia. Esse é o enredo de O Menino Mais Rico do Mundo, cartaz do Sesc Santana no dia 17 de agosto. Durante a “conversa”, o personagem mostra como tudo pode ser diferente se mudarmos também a maneira de olhar para elas – até o lixo...
O espetáculo mais maluco da Terra
No picadeiro do Le Petit Cirque Fratelli, personagens de contos de fadas se juntam a fantasmas de antigos artistas, e até a fiscais corruptos, numa história sobre a tentativa de salvar o que for possível de uma explosão que não se sabe de onde vem, mas que deve acontecer a qualquer momento. A “confusão” é promovida pela companhia Acrobático Fratelli e aconteceu no Sesc Santo Amaro, no dia 27 de julho – com direito a números clássicos de palhaços, malabarismos e contorcionismos, mesclando-se ao improviso jocoso de vendedores de feira. Parece loucura? Quem disse que o circo precisa fazer sentido para encantar?
Traços de poesia
Um bonequinho caracterizado como um pintor à moda antiga aborda as pessoas e se oferece para fazer um retrato. É o que acontece na intervenção Retrato Poético, que aconteceu no Sesc Santo André, no dia 8 de agosto. Espiando a pessoa retratada e pincelando de acordo com o seu talento, o gracioso personagem vai concluir sua obra.
Firmes e fortes
Em Júlia, espetáculo apresentado na unidade São Caetano nos dias 13 e 14 de agosto, a personagem-título e seu escudeiro Palheta seguem bravos na superação de toda ordem de obstáculos. Ela é a mulher das ruas. Ele, seu cicerone. Numa carroça-casa, empilham as bagagens e bugigangas – chegam para assentar sonhos e desejos, riscam seu território. A dramaturgia é assinada coletivamente por Fabiano Peruchi, Reveraldo Joaquim, Yonara Marques e Pépe Sedrez – que dirige a montagem.
Trilha da experimentação
Hoje mais usado para designar as batidas que animam as pistas de dança, o termo música eletrônica nasceu no ambiente acadêmico. Trata-se de uma linha de pesquisa que estuda estruturas musicais inovadoras, sempre usando dispositivos tecnológicos como “instrumentos”. O atual cenário dessa produção foi mostrado no Sesc Vila Mariana, de 25 a 28 de julho, durante o Festival de Música Eletrônica Oscillations. A programação incluiu exibição de documentários, palestras, performances e shows musicais. Entre os destaques, os concertos do alemão Hans-Joachim Roedelius, no dia 27, e do duo norte-americano Silver Apples, que fechou o evento no dia 28.
Respostas do corpo
O espetáculo de dança No Sacre, apresentado na unidade Pinheiros, nos dias 17 e 18 de agosto, aborda um ritual coletivo que faz referência a diferentes “rotas” para livrar o corpo da rigidez da razão. Os gestos evocam instintos primitivos, de sobrevivência e relação com a morte, num círculo de nascimento e destruição – ao mesmo tempo em que aborda o corpo como espaço para um conjunto de emoções, sentidos e respostas coletivas em momentos de pressão. A direção e a coreografia são de Ismael Ivo.