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Represa Billings

Ela é velha conhecida dos paulistanos. Afinal, o “tesouro líquido” abastece mais de um milhão de pessoas em toda a Região Metropolitana de São Paulo. Além de um dos maiores reservatórios de água em região urbana do mundo, a Represa Billings – que além da capital abrange os municípios de Santo André, São Bernardo do Campo, Diadema e Ribeirão Pires – serve também como área de lazer e, infelizmente, constantemente aparece no centro das discussões ambientais devido à poluição que a vem ameaçando há décadas.

Segundo informações disponíveis no site da organização não governamental S.O.S. Billings, o reservatório tem capacidade de armazenamento de 995 milhões de metros cúbicos de água, um espelho de 106,6 quilômetros quadrados e uma vazão de 4,7 metros cúbicos por segundo. Porém, com a licença do trocadilho, muita água rolou antes que ela tivesse definidas as dimensões que compreende hoje.

Seu surgimento remonta à década de 1920, quando a Light Serviços de Eletricidade S.A., então responsável pelo fornecimento de energia em São Paulo, iniciou, em 1925, a construção do dique do Rio das Pedras e, posteriormente, em 1937, do Rio Grande – etapas de um projeto capitaneado pelo engenheiro hidrelétrico norte-americano Asa White Kenney Billings (1876-1949), pioneiro na expansão das redes elétricas no Brasil. O nome atual foi dado ao reservatório em 1949 e, na década de 1980, foi construída uma barragem que separa o braço do Rio Grande do corpo principal do reservatório.

Por fim, desde o ano 2000, há uma nova captação, em um dos braços mais ao sul, denominado Taquacetuba. A despeito da primeira fase do projeto ter sido concluída nos anos de 1930, convencionou-se que o ano zero do reservatório fosse 1925 – é essa a data comemorada pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), concessionária que hoje administra a represa. Isso porque, naquele ano, no dia 27 de março, o então presidente da república Arthur Bernardes concedeu à empresa Light o direito de represamento de alguns rios do ABC e da capital para que se formasse um lago artificial no alto da Serra do Mar.


VISTAS CONTEMPORÂNEAS

Exposição O Sertão: da Caatinga, dos Santos, dos Beatos e dos Cabras da Peste no Museu Afro Brasil

Parte da programação do museu até 20 de maio, a mostra reúne 800 obras, entre pinturas, esculturas, gravuras, ex-votos, roupas, fotografias, instalações e documentos. A curadoria de Emanoel Araújo busca levar ao visitante a paisagem da caatinga, típica do Nordeste brasileiro, e também os demais ambientes que fazem parte da vida do sertanejo – de seus ofícios a suas residências, passando por sua cultura, costumes e hábitos religiosos.

A fim de envolver mais o espectador, o projeto inclui cenografia e lança mão de recursos multimídia em projeto assinado pelo cenógrafo André Calazares. O acervo é composto por peças cedidas pelo Museu Histórico do Ceará, pela Fundação Joaquim Nabuco, de Pernambuco, pelo Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas, pelo Instituto Arqueológico Histórico e Geográfico de Pernambuco e também por objetos do próprio Museu Afro Brasil.

O “trajeto” que a exposição retrata inclui locais como o Arraial de Canudos, na Bahia, o Vale do Caldeirão, no Ceará, e a Chapada do Araripe, no mesmo Estado. Há ainda uma programação paralela, que inclui ações educativas como oficinas, cursos para professores (da rede pública e privada), palestras com especialistas nas artes da representação popular e debates.

O Museu Afro Brasil fica dentro do Parque do Ibirapuera, com entrada pelo portão 10, localizado na avenida Pedro Álvares Cabral, s/n. A instituição recebe visitantes para todas as suas mostras de terça a domingo, das 10h às 17h. O telefone é (11) 3320-8900 e o agendamento de visitas pode ser feito pelo e-mail agendamento@museuafrobrasil.org.br. A entrada é franca.

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