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Almanaque Paulistano

 

ALMANAQUE PAULISTANO

Mercado Municipal

Em 1867, foi construído o primeiro Mercado Municipal de São Paulo, localizado na Várzea do Carmo – hoje, final da Ladeira General Carneiro. Anos mais tarde, em 1890, o Mercado São João veio se juntar a ele na função de abastecer a metrópole em formação. No entanto, em 1907, ambos foram demolidos devido à insuficiência de suas instalações, que não conseguiam acompanhar o crescimento da cidade, e também por questões sanitárias. Outros mercados, como o da Concórdia, no Brás, e o Mercado de Pinheiros, tiveram o mesmo destino. Até que, em 1928, começou a ser erguido o Mercado Municipal de São Paulo, projetado pelo arquiteto Francisco de Paula Ramos de Azevedo. A fachada ficou a cargo do arquiteto Felisberto Ranzini e os vitrais foram assinados pelo artista russo Conrado Sorgenicht. A obra, concluída em 1932, possui 12.600 metros quadrados e 72 vitrais em estilo gótico, que retratam cenas da produção agrícola e pecuária do interior paulista. Porém, naquele mesmo ano, a Revolução Constitucionalista acabou por adiar a inauguração oficial do local; antes de ser entregue à cidade como um grande entreposto, o enorme galpão serviu de refúgio para as tropas paulistas, tornando-se uma mistura de quartel, depósito de munições e local para treinamento de tiro. Em 1933, no dia 25 de janeiro – aniversário de 379 anos de São Paulo –, o Mercado Municipal foi finalmente inaugurado.


VISTAS CONTEMPORÂNEAS

Retrospectiva de Jean Dubuffet no Instituto Tomie Ohtake

Pela primeira vez no Brasil, a obra do artista francês Jean Dubuffet (1901-1985) ganha retrospectiva no Instituto Tomie Ohtake, até o dia 7 de setembro. Dubuffet é considerado um dos maiores artistas da segunda metade do século 20, e a mostra, com curadoria de Sophie Webel, diretora da Fundação Jean Dubuffet, reúne 84 obras do artista; são pinturas, esculturas, desenhos e litografias que cobrem o período de 1944 a 1984. Poderão ser vistas também série como Materiologias, Texturologias e o famoso ciclo Hourloupe, todos provenientes da coleção da Fundação sediada em Paris. A exposição traz ainda, em um palco de 40 metros quadrados, as pinturas recortadas Coucou Bazar que, animadas, compuseram uma performance realizada pela primeira vez em 1973, no Guggenheim de Nova York, por ocasião de uma grande retrospectiva do artista naquele museu. O Instituto Tomie Ohtake fica na Avenida Faria Lima, 201, Pinheiros. O telefone é (11) 2245 1900. A entrada é franca.