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JORGE LEÃO TEIXEIRA


Ilustração: Leandro Shesko

Pedra no caminho – Buscando combater o alcoolismo entre os caminhoneiros, responsável por cerca de 50% dos acidentes com morte em caminhões que circulam pelas estradas brasileiras, a Volvo está trabalhando num projeto de alcolock – dispositivo integrado à ignição do veículo que consiste num bafômetro que deve ser usado antes de o motorista dar a partida. Se alguma cachacinha ou cerveja houver rolado pelo gogó do condutor, o motor não liga e o caminhão empaca. Entre os problemas pendentes que o projeto precisa resolver está o tradicional "jeitinho" brasileiro, que certamente levará a buscar os serviços de algum abstêmio para tapear o bafômetro, atuando como regra-três dos biriteiros...

Boa e barata – Pesquisas concluídas recentemente revelaram que a venda de Viagra está diminuindo bastante no Brasil, seja por desânimo seja por dificuldades financeiras dos aposentados. Nesta última faixa deve estar incluído o cidadão que durante um dos apagões no aeroporto de Congonhas, em meio ao bate-papo para matar o tempo com os companheiros de descaso, proclamava alto e bom som que já abrira mão do Viagra. E justificava o gesto heróico dizendo: "Volto para a catuaba, que além de gostosa é baratíssima".

Cinepiada – Piadinha que circulou durante o último Festival de Cinema do Rio de Janeiro: dois ratos entraram num cinema e foram para a sala de projeção, onde roeram o rolo inteiro de um filme. Terminado o lauto almoço, um deles perguntou ao outro: "E aí, meu chapa? Gostou do filme?"

Casamenteiro – O número crescente de presos que passaram a solicitar transferência para a penitenciária de Teresina, alegando a intenção de casar-se com moças do Piauí, despertou suspeita entre os responsáveis pelo sistema carcerário nacional. Investigações revelaram que os casamentos estavam sendo agenciados por representantes de marginais perigosos, que consideravam ser mais fácil fugir da cadeia em Teresina do que no Rio de Janeiro ou São Paulo. Até segunda ordem, o máximo que conseguirão é noivado à distância.

Deu zebra – O feitiço continua se voltando contra os feiticeiros. A Agência Nacional de Águas, por exemplo, viveu no início de outubro último sob os efeitos da lei seca, com seus servidores se cotizando para comprar o precioso líquido. Tudo porque faltava água nas dependências do próprio órgão.

Laços de sangue – Família que dá golpes unida vai para o xilindró unida. Foi o que aconteceu em Guapimirim, na Baixada Fluminense, quando uma quadrilha familiar especializada em golpes contra financeiras foi presa no sítio Santa Bárbara, de sua propriedade, enquanto dormia. A chefe do grupo, Celina Clara da Silva, com 77 anos bem vividos no crime, conhecida como Vovó Falcatrua, era freguesa da polícia desde 1978, tendo passagem pela cadeia por exploração da prostituição, falsificação de documentos, estelionato, receptação e apropriação indébita. Seu marido, mais modesto, tinha dez anotações na ficha criminal, por roubo e furto. Os dois filhos do casal e uma nora seguiam a trilha de Celina com sucesso e entusiasmo, batalhando numa nova e proveitosa frente: usavam nomes de pessoas mortas e documentos falsificados, adquiriam veículos através de financeiras, não pagavam as prestações e revendiam os carros. Seis financeiras já tinham sido lesadas com a compra de dezenas de automóveis pela quadrilha.

Chuvas e trovoadas – Com um clima cada vez mais louco rondando o mundo, a empresa americana Ambient Devices resolveu lançar um guarda-chuva que faz previsões meteorológicas. O cabo brilha para alertar sobre tempo ruim, graças a um chip embutido que recebe, por uma conexão sem fio, informações do site internacional de meteorologia Accu Weather. Pulsos intermitentes e suaves indicam a possibilidade de garoa e chuviscos. Já os pulsos rápidos e intensos anunciam o risco de tempestade e trovoada. O guarda-chuva, que está sendo vendido por U$$ 250, com o nome de Ambient Umbrella, funciona durante um ano inteiro com uma pilha comum. 

 

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