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Feliz ano novo!

Antes de mais nada, desejamos a nossos leitores um ótimo 2008. Logo no início deste novo ano, o Brasil comemora um acontecimento que, há dois séculos, o inseria no comércio internacional. Em 28 de janeiro de 1808, um decreto de dom João VI determinava a abertura dos portos às nações amigas. Na mesma época, o então príncipe regente também autorizava a implantação das primeiras indústrias no território da colônia. Desde então, e por um longo período, o setor industrial manteve-se preocupado apenas em atender as necessidades do mercado interno. Foi somente a partir do começo da década de 1990 que se viu obrigado a adotar uma postura radicalmente diferente, para fazer frente ao desafio de ganhar espaço no mundo globalizado.

Diante desta nova realidade, em que a movimentação de cargas nos terminais marítimos assume maior importância, o país mostrou toda a fragilidade de sua infra-estrutura portuária. A reportagem de capa desta edição estabelece uma relação entre esses dois momentos de nossa história e relata as circunstâncias que levaram a corte portuguesa a se instalar no Rio de Janeiro e as conseqüências de sua presença em solo brasileiro.

Este número traz ainda uma matéria sobre os refugiados colombianos que vivem no Brasil. Ao abandonar, definitiva ou temporariamente, sua pátria devido à violência, muitas dessas pessoas tiveram de enfrentar situações extremas, deixando para trás familiares, bens e tudo o que haviam construído e conquistado.

Embora a legislação brasileira referente a essa questão esteja entre as mais avançadas do mundo, não é suficiente para amenizar as dificuldades de adaptação do refugiado à vida cotidiana do país. Nesse aspecto, é bem-vinda toda iniciativa que contribua para tornar menos árdua essa fase de transição, como as empreendidas por algumas entidades da sociedade civil, entre as quais se destacam o Sesc e o Senac de São Paulo.

Abram Szajman
Presidente da Federação e Centro do Comércio do Estado de São Paulo
e dos Conselhos Regionais do Sesc e do Senac