Postado em
Entrevista
Fotos: Adriana Vichi
Em entrevista exclusiva à Revista E, o músico e escritor fala sobre sua história de vida e novidades no campo da música e da literatura
Jorge Mautner é um homem das artes. Músico, cantor e escritor – ganhador do Prêmio Jabuti com o livro Deus da Chuva e da Morte, de 1962 –, o carioca filho de judeus que chegaram ao Brasil fugindo do nazismo iniciou a vida profissional como jornalista: em 1958 o poeta Paulo Bomfim e o filósofo Vicente Ferreira da Silva publicaram um de seus textos na revista Diálogo. Só mais tarde, em 1965, deu início à carreira musical, com o lançamento de um compacto simples pela RCA Victor. As duas músicas eram de protesto: Radioatividade e Não Não Não. Naquele mesmo ano foi enquadrado na lei de segurança nacional pela ditadura militar – que apreendeu o compacto e o livro Vigarista Jorge – e exilado. Inicialmente foi para Nova York, onde trabalhou na Organização das Nações Unidas (ONU), foi massagista, garçom e secretário literário por sete anos do poeta norte-americano Robert Lowell, entre outras atividades. Depois se mudou para Londres, onde encontrou Caetano Veloso e Gilberto Gil e dirigiu seu único filme, Demiurgo. Regressou ao Brasil em 1972 e retomou a carreira de músico com a gravação do disco Para Iluminar a Cidade (ao vivo) pelo selo Pirata, da Polygram/Universal. Na entrevista a seguir, concedida num hotel em São Paulo – para onde veio em virtude do show que deu no Sesc Consolação –, Mautner falou de suas experiências e dos novos projetos. A seguir, trechos.
O que você acha da música brasileira hoje?
Eu a acompanho desde a geração de Dircinha e Linda Batista, Aracy de Almeida, Blecaute, Dolores Duran. Hoje em dia a riqueza cultural e musical do Brasil é imensa, é como o [Rio] Amazonas. Existem confusões das mais inacreditáveis. A Banda de Pífanos [de Caruaru], que fazia aquelas dissonâncias, é assimilada atualmente. Por exemplo, a música erudita alemã, dodecafônica, atonal, foi absorvida com a percussão. E teve todas as misturas, funk, hip hop, rap.
Mas as pessoas reclamam que não há espaço no mercado para a melhor música.
Pela multiplicidade e globalização que experimentamos agora, há oportunidades e chances para todo mundo. Até para as coisas mais exóticas, estranhas e originais. Mas acontece que antes os autores eram muito interligados ao mundo literário, ao universo filosófico. Dolores Duran, por exemplo, lia [Jean-Paul] Sartre, Simone de Beauvoir, e preferia Albert Camus. Depois da queda do muro de Berlim, estamos numa plenitude de capitalismo liberal e da democracia. A música é mais de entretenimento. E ao mesmo tempo aconteceram modificações incríveis. É o caso da internet, do videoclipe. Agora, a imagem quase domina o som.
Como a geração de 68 se insere em um mundo mais complexo, tecnológico?
Fica tudo perfeito. Foi tudo antevisto. As formas ainda primárias desse mundo são as ONGs, as comunidades de moradores de bairro. Tudo isso, com exceção da revolução sexual, foi absorvido. O próximo passo é o Estado ficar menor e as empresas tomarem o seu lugar. Isso é criatividade humana. Isso é anarquismo pacifista. É a descentralização total. A tecnologia e o avanço. A técnica nos permite chegar ao anarquismo e à liberdade pessoal e total. Ao Estado cabem pouquíssimas coisas. Quanto menos, melhor. Porque não precisa.
E a previsão do escritor George Orwell, de que cada pessoa se tornaria cada vez mais um número, de que a individualidade deixa de existir para haver uma coletividade? Você não sente isso hoje?
Eu sinto o contrário. Cada pessoa hoje pode realizar o sonho que nenhum marajá ou rei da antiguidade pôde. O garoto ou a garota podem ser surfistas, depois ser biólogos, depois podem cantar, virar artistas pop, daí não fazer nada, especular na bolsa, podem estudar. Nunca houve tanta perspectiva. Nunca Sartre foi tão atual em sua frase: “Estamos na era da conquista da morte e das estrelas. Tudo é possível”.
Você crê plenamente numa evolução?
Absolutamente. E, repito, ainda mais com o mapeamento do genoma. Com a nanotecnologia, nós vamos fazer como naquele livro do Monteiro Lobato, A Reforma da Natureza, em que tudo estava errado, mas agora vai dar certo. E com energia infinita, através dos auto-replicantes. São seres microscópicos que fornecerão energia incessante.
Você é otimista em relação ao caminhar da humanidade?
Totalmente. Sempre fui otimista e sou cada vez mais. Quanto mais o tempo foi pesando em meus ombros, tornei-me mais e mais otimista. Tudo foi sendo confirmado. Tudo que eu falei, modéstia à parte, aconteceu.
E como fica a música e a poesia nesse contexto?
O que resta é mergulhar dentro de nós mesmos e manter uma relação poética com as coisas. O Sartre achava que o ser humano é uma paixão inútil, já que tudo é projeção, tanto o ódio quanto o amor. Já a Hannah Arendt, que era amante e filósofa, e a Simone de Beauvoir, que era amante, filósofa e discípula do Sartre, as duas propunham a descoberta do outro. E é o que está acontecendo hoje em dia. E cabe às mulheres guiar esse processo. A descoberta do outro não é através de projeção, mas de diálogo democrático e de sentimento de permanente reconciliação e de perdão. Hoje as pessoas estão querendo e fazendo isso. A poesia está mais viva que nunca na mentalidade das pessoas. Basta falar com qualquer pessoa do povo, ela tem um mundo imaginário já desenvolvido na cabeça. É um poço infinito de possibilidades. Veja o Big Brother, que é a máxima democratização e massificação, todo mundo ali exposto. Hoje os deputados e senadores também, com as CPIs aparecendo e acontecendo. Nunca houve algo assim. Os caras que andam de skate, os surfistas, pessoas que vivem em organizações, é um mundo mitológico de milhões e milhões e milhões de combinações.
No final dos anos 50 você esteve próximo do Partido Comunista.
Sim. Fui militante também, com o professor Mario Schenberg. Por isso que existe a ala Mario Schenberg e a ala Jorge Mautner. Conheci muita gente.
Como que foi sua experiência de política partidária? De poeta dentro do partido?
Fantástica. É o poeta que tem vários cérebros que fingem ser um só. Quando estive no partido, numa partícula, porque já diz o nome, é um partido, eu sempre fui um grande herético. Minha missão no partido era sempre trabalhar pela humanidade, pelo comunismo, mas numa campanha de pacifismo, persuasão, amizade. O que aconteceu hoje é que todas as teses da esquerda clássica foram absorvidas pelo ideário das Nações Unidas. E até mais. Não se pode atacar minoria, fazer genocídio, maltratar os idosos, tem de haver proteção especial para as crianças, os chamados deficientes são conhecidos como portadores de necessidades especiais. Há todo um encaminhamento de vitória humanística. Até mesmo o conservador de hoje em dia, que seria um direitista, age em nome disso aí.
Você acha que esses pensamentos se refletem na geração de hoje?
Hoje é isso. Frutificou tudo. A mistura dos opostos. A primazia das minorias. Todos os exotismos possíveis. A revolução sexual total e absoluta, a ponto de novamente algumas mulheres quererem ser virgens de novo, ou escolherem a abstinência sexual, o prazer espiritual, o ioga. Não há mais barreiras. Sempre deu fruto numa área. Ou os anarquistas que pensam assim. Ou os social-democratas, que podem pensar assim elegantemente. E há uma terceira família que são os trotskistas.
Você foi secretário do poeta norte-americano Robert Lowell. Como foi esse tempo em que vocês trabalharam juntos?
Foi o máximo. Ele me descobriu em 1968. Eu fui em 1965 para os Estados Unidos. Expulso pela lei de segurança nacional. Recebido lá, trabalhei na ONU. Depois teve um simpósio em Caracas, na Venezuela, do qual participei e ele também, além de outros intelectuais. Ao me ouvir falar, Lowell ficou muito amigo meu. Ele era do tipo muito cotado e considerado, já que era um poeta laureado. O secretário literário de TS Elliot era Ezra Pound. Ele de Pound, e eu dele.
O que você fazia?
Eu era o jovem com quem ele conversava. Lowell não encontrava mais ninguém para falar. Na verdade fui educado na cultura do século 18 e 19. Modéstia à parte, tomei conhecimento de várias literaturas e filosofias. Falo alemão, inglês etc. E conheço a literatura, a fenomenologia. E Lowell dava atualidade política também à visão do Kaos [referência a dois livros de Mautner: Kaos, de 1963, e Fundamentos do Kaos, de 1985]. Nós dialogávamos. Ele vivia muito angustiado achando que o terror iria se abater sobre os Estados Unidos em forma de ditadura. A dúvida dele era saber onde é que pessoas como nós, estranhas, poderíamos sobreviver. Eu sugeria lugares. Entre as várias histórias que ele contava, a principal é a que se recusou a servir o Exército, durante a Segunda Guerra Mundial, por ser pacifista. Como exemplo, o colocaram em cana numa cela com um famoso mafioso. O mafioso pergunta por que ele está ali. Ele responde que por se recusar a matar. O mafioso cai na gargalhada e diz que está pelo motivo oposto, matou mais de dez. Dividiram a mesma cela. Dois extremos se encontram!
Você convivia com o restante do grupo dele?
Conheci todo mundo. Também me dava muito com o grande pensador, antropólogo e sociólogo Paul Goodman, que foi o primeiro a falar em ecologia e a influenciar os hippies. No início eu era o tal para eles. Agora passaram do anarquismo pacifista para o terrorista. Que pena! Mas ele foi o grande guru. O livro mais famoso dele foi o que desencadeou também todo esse tipo de problemática, chama-se Growing up Absurd – Crescendo em direção ao absurdo.
E quanto tempo você ficou nos Estados Unidos nessa época?
De 1965 a 1971. Durante oito anos continuava indo seguidamente para lá. Convivi com toda a intelectualidade e também com o Students for a Democracy Society [Estudantes por uma sociedade democrática]. Eu era um dos poucos que podiam aparecer no Black Fantasy, no Harlem, porque eu era brasileiro, comunista, refugiado e exilado político. Vivia em lugares em que não deixavam outros brancos entrar. Participei da marcha de Washington. Mostrei Nova York para o Hélio Oiticica. Muita gente se hospedou no meu loft. Muitos artistas famosos. Do Antônio Bivar a Tereza Rachel, a atriz. Muita gente ficava lá. Jô Soares, muitas vezes.
Você foi bancário?
Fui. Dei uma rata tremenda. Trabalhei também na Unesco, órgão da ONU voltado para a educação, a ciência e a cultura. E foi gozadíssimo. Veja só que incrível. Lá se encontra a fina flor do funcionalismo público mundial. Havia uma jamaicana simpaticíssima, filipinos, todo mundo feliz e falando sobre como ia se vestir naquela noite, as festas etc. Tudo bem, um ambiente maravilhoso, que abriga todo mundo. E me deram uma pilha de papel para eu bater à máquina. No fim do dia, lá pelas 5 horas, entreguei tudo. A chefe da seção, jamaicana, perguntou se eu queria destruir a todos do departamento, já que aquilo deveria demorar, no mínimo, um mês para ser feito. A fina flor do funcionalismo mundial. Eu então comecei a escrever livros no meio do serviço. Aquilo é uma maravilha.
Você trabalhou também com o Gilberto Gil, não?
Gil e Caetano Veloso já sabiam da minha existência através de Anecy Rocha [atriz, irmã de Glauber Rocha] e através dos Mutantes, que eu havia lançado em 1965. E também através do meu amigo José Agrippino de Paula [escritor, dramaturgo e cineasta dos anos 60 cuja obra inspirou a criação do tropicalismo]. Pois bem, fui chefe de gabinete de Gil quando ele foi vereador em Salvador, durante um ano e alguns meses. Na verdade fui antichefe do antigabinete do Gil. A maior parte dos trabalhos burocráticos era feita por secretárias e outras pessoas. A mim cabia ficar falando com o Gil. Discutíamos e ensaiávamos palestras que ele ia dar. Um diálogo permanente, de que ele gostava muito. Funções políticas mesmo, nem sempre. Eu ficava na companhia dele, falando, a gente examinava. Tinha uma parte burocrática pela manhã, antes de começar a sessão dos vereadores, no gabinete de cada um. Alguns partidos não aceitavam isso. Gil aceitava. Então se formavam duas imensas filas. Uma de pessoas muito, imensamente necessitadas, carentes, bem miseráveis, para pedir coisas, dentadura, um dinheirinho, era uma assistência social. A outra fila, igualmente enorme, era de muitos médicos, arquitetos e pessoas formadas, procurando emprego. Na medida do possível ele encaminhava aqui, acolá. Depois vinham as questões da Câmara. Ainda peguei o início da reação evangélica. Vários adeptos do candomblé passaram a ser evangélicos. Foram os primeiros atritos dessa ordem. Lembro que todos os terreiros de candomblé fizeram um palanque, mas eles começaram a brigar entre si no próprio palanque. Não tinha a unidade que era necessária. Isso eu também presenciei. A Bahia é muito rica. As pessoas sempre queriam falar com ele, que tinha uma paciência infinita. Lembro de uma vez quando ele discutiu durante uma hora e meia com um cara que estava evidentemente embriagado. Gil respondia a tudo com uma paciência de Buda. Não precisava, os seguranças ficaram nervosos e já queriam enxotar o cara. Ele não deixava, até o outro se convencer de que estava equivocado. Foi a coisa mais impressionante.
Por que você enveredou por uma função burocrática?
No início foram os meus shows com o Gilberto Gil. De um lado o poeta e o esfomeado [referência ao show O Poeta e o Esfomeado, de 1987, no qual Mauter e Gilberto Gil dividiram o palco]. Éramos eu, Gil e o Repolho, na percussão. Fizemos muitos shows pelo Brasil e nessas apresentações íamos recrutando pessoas para o movimento cultural Figa Brasil [movimento lançado em 1987 por Mautner e Gil que visava discutir a situação da cultura brasileira]. Entraram mais ou menos 7 mil ou 8 mil pessoas, com grupo e tal. Em todo lugar em que fazíamos show havia ficha de inscrição. Foi um movimento cultural. Mas um amigo de Gil o convenceu de que era melhor usar essa força se candidatando como prefeito de Salvador. O movimento foi interrompido e Gil candidatou-se, não a prefeito, porque chegou muito em cima, mas a vereador. E foi eleito. O mandato foi uma continuação das conversas culturais todas que surgiram com o Figa Brasil. E eu queria morar na Bahia um tempo também. Fiquei só um ano e pouco. Ele cumpriu o mandato até o fim.
É engraçado imaginar você todo dia tendo de levantar, se vestir, para entrar na Câmara de Vereadores de Salvador.
Ah, não. Mas aí é um poema. Falava com todos da primeira fila. Eram pessoas fantásticas. Conversava com os da segunda fila. Lia nos jornais os assuntos políticos. Comentava de Deus até o Diabo. Da Revolução Francesa até as experiências científicas. A necessidade das minúcias da política regional, municipal, estadual, federal, internacional. Um divertimento. É um prazer. Você sabe que o Jorge da Cunha Lima me disse assim: “A política é a única boemia paga”. Essa não é boa?
O que você está fazendo de música agora?
Já estamos preparando um disco para sair até o início do ano que vem. Temos várias músicas. Eu e o Nélson Jacobina [compositor e instrumentista, parceiro de Jorge desde os anos 70] temos também uma parceria no disco do AfroReggae, com o José Júnior e o Anderson Sá. Além disso, há uma nova música, minha e do Nélson, na voz do Ney Matogrosso e Pedro Luís e a Parede, no Sítio do Picapau Amarelo. É a música dos monstros, chama-se Sem Medo de Assombração. Mas nós estamos preparando esse disco e eu estou escrevendo uma peça para o AfroReggae. Vai ser um teatro musical, parceria com o Sesc do Rio de Janeiro. A produção deve viajar também para São Paulo. Além do meu livro, O Filho do Holocausto. Ganhei uma bolsa da Fundação Vitae para fazer o livro, no ano que vem vai sair.
Sobre o que é o livro?
O título completo é O Filho do Holocausto, dos Jardins do Catete ao Colégio Dante Alighieri. Cobre o período que vai de 1941 a 1958. São memórias dessa época. Quando eu conheci Getúlio Vargas. E há também o programa, no Canal Brasil, que vai estrear em agosto e deve durar pelo menos um ano. Toda semana estarei lá, falando poemas ou tocando música com o Nélson. Quem criou esse programa foi o Ariano Suassuna, o Geraldo Carneiro, o Zé Celso Martinez Corrêa e eu.
O Chico Buarque disse que está cansado de fazer música. Você também cansa?
Eu, por vários motivos, não canso. Sou uma turbina. Se me disserem “faça uma música agora”, eu faço. Nélson não, quer ficar burilando. Ou então faço música espontaneamente, por necessidade. Muita letra, muita coisa. É uma necessidade obsessivo-compulsiva de escrever. Estou escrevendo três livros ao mesmo tempo. O maior trabalho é a armação, para gravar bem e, principalmente, ter boa publicidade e distribuição.
As fontes de inspiração continuam as mesmas?
Continuam as mesmas só que, ao mesmo tempo, são transformadas. Há as coisas da atualidade. O maior peso é o das coisas originais.
Quais seriam?
A música é dos clássicos. De Villa-Lobos a Noel Rosa, de Wilson Batista a Jackson do Pandeiro, Ary Barroso, Assis Valente. Na literatura, História das Crenças e das Idéias Religiosas, de Mircea Eliade, é Hegel, Nietzsche, Dostoiévski, José Lins do Rego, Monteiro Lobato, Cornélio Pires.
Como uma pessoa que gosta de informação como você reage ao universo cibernético? O volume de informações cansa ou não?
É ótimo, é o máximo, porque lugares são revisitados com mais rapidez. Dá para ver o documentário da Animal Planet, e em seguida ler o livro das formigas e dos insetos, mas as notícias ali são novíssimas, por causa das novas lentes, das novas máquinas de pesquisa. Na parte da alma da literatura, eu mesmo escrevi tanto, e existem tantos autores maravilhosos, nos quais você sempre mergulha. São eternos. Há duas coisas para o século 21 que cada vez são mais acertadas. É o que disse Heidegger, que através da cibernética nós viveremos num planeta em que todos serão controlados e controladores, simultaneamente.
Qual é seu livro de cabeceira?
Diversos, que vão variando. História das Crenças e das Idéias Religiosas, de Mircea Eliade, Júlio César, de Shakespeare, de que eu gosto muito, Joseph Fouché – Retrato de um Homem Político, do Stefan Zweig, sobre o inventor da polícia política na Revolução Francesa. Mas eu leio muitos livros, então vou variando. Há também A Arte da Guerra, de Sun Tzu, e, é claro, a Bíblia.