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Como Mário de Andrade, que se emociona com o rio que "esplende em luzes inumeráveis, lares, palácios e ruas...", os paulistanos de hoje sentem profundo orgulho do rio que permitiu a essa enorme metrópole sobreviver. Mas, infelizmente, diante da situação atual, em que o rio morto só enfeia e prejudica a cidade, é a imagem idealizada do passado que remanesce vívida.
O poema, escrito em 1944, termina trágico e desesperançoso, com o poeta atribuindo ao rio a culpa da miséria humana: "Estas águas do meu Tietê são abjetas e barrentas... A culpa é tua Pai Tietê". Mas àquele tempo, a poluição era branda e a rudeza do rio, artifício poético. Hoje, ao contrário, a poluição desastrosa vem principalmente da mão humana. E a intervenção aparece de várias formas e tem implicações muito severas que extravasam a simples estética do rio. Em suma, recuperar o Tietê é um ato imprescindível que trará benefícios essenciais para a saúde da cidade como um todo. Os governantes devem ficar cientes que o Tietê limpo é uma prioridade.
Esta edição mostra, também, as modalidades de exercícios físicos alternativos às ginásticas convencionais. Bioenergética, automassagem, alongamento, yoga e ginástica holística ganham cada vez mais adeptos entre os que pretendem incrementar a qualidade de vida.
Aproveitando o lançamento da quarta edição do programa Mulher e sua Idade, a matéria Consciência Feminina relata como as mulheres estão cuidando da própria saúde. O evento Eu Sou Mais Zeus, em exposição no Sesc Consolação, ganha cobertura completa na reportagem Os Deuses Entre Nós.
Finalmente, o Em Pauta trata da importância do estudo em nossos dias enquanto a ficção do autor baiano, Aleilton Fonseca, conta uma deliciosa história de saudades.
Danilo Santos de Miranda
Diretor do Departamento Regional do SESC-SP