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JORGE LEÃO TEIXEIRA


Ilustração Leandro Szyszko

Bola pra frente – O presidente do clube italiano de futebol Perugia é um cartola supercriativo: depois de contratar Saadi Khadafi, filho do líder líbio, anunciou que pretende também atrair para sua equipe uma artilheira, Hanna Ljunberg, de 24 anos, goleadora da seleção feminina da Suécia, lançando a moda do futebol unissex.

Xô, galinhas – Os pernambucanos estão muito irritados com as falsetas da Embratur, cujos folhetos de publicidade resolveram transferir o balneário de Porto de Galinhas, em Pernambuco, para o vizinho estado da Paraíba. Tem gente que pensa em reivindicar, além de uma retificação, a transferência, nos próximos folhetos da Embratur, de Tambaú para o Recife.

Rapelíssimo – Empresário mineiro, dono de um shopping em Belo Horizonte, Rodrigo Fiúza gosta de emoções fortes, tanto que no ano passado foi da capital mineira até o Alasca numa moto de 125 cilindradas. Em agosto, o desafio foi outro: um rapel, com segurança de apenas uma corda, descendo o paredão da terceira maior cachoeira brasileira, o Tabuleiro, na serra do Espinhaço, município de Conceição do Mato Dentro, Minas Gerais. Acompanhado de uma equipe de apoio, durante 43 minutos desceu os 273 metros do paredão, passando de uma corda para outra no meio da descida, sob uma ducha de água gelada na cabeça. Fiúza diz que o Tabuleiro foi um mero treino. Seu próximo objetivo é um rapel na maior queda livre do Brasil, a cachoeira da Fumaça, na chapada Diamantina, com 420 metros de altura. Esgotadas as emoções no país, pretende desafiar o salto Angel, na Venezuela, tido como o maior do mundo, com 978 metros de altura.

Magister dixit – Inscrição na parede do mictório de uma universidade paulistana: "A história se repete porque ninguém presta atenção..."

Bons de laço – O novo campeão brasileiro de laço em dupla é Maurício Gros, que conquistou o título em Avaré (SP), laçando e amarrando as patas traseiras de um boi em tempo recorde. A família tem outro bamba na arte, que opera no setor dos cobiçados cargos empresariais e financeiros: seu irmão Francisco Gros, que já conseguiu laçar o Banco Central, o BNDES e a Petrobras.

Rango – Longe vai o tempo em que "vida de cachorro" era sinônimo de existência dura e insuportável. Pesquisa recente da Fundação Getúlio Vargas verificou que os alimentos para cães, gatos e pássaros subiram em média, entre janeiro e agosto, 19,38%. No mesmo período a comida de seus donos aumentou apenas 10,6%.

Busto nu... – A camelotagem está cada vez mais ativa e imaginativa. Em setembro, um camelô foi flagrado em plena Avenida Rio Branco, no Rio de Janeiro, vendendo sutiãs "meia taça" a preço de banana, em várias cores. Tão baratos que a mulherada não resistiu e passou a experimentá-los na calçada, em meio ao delírio popular...

Safa-onça – Uma empresa de Bauru (SP) andou oferecendo pela Internet câmeras de vigilância a um precinho de apenas R$ 36. Negócio bom, com um porém: o anúncio avisava aos interessados que comprariam apenas a carcaça da câmera, igual à do equipamento verdadeiro, mas sem qualquer recheio. Mentirinha sob medida para assustar e dissuadir os vestibulandos nas artes da rapinagem...

Vapt-vupt – O comandante do 19º Batalhão de Polícia Militar, coronel Dario Cony, estava dando uma entrevista para a TV Globo na praia de Copacabana, à tarde, quando um carro parou diante do calçadão da Avenida Atlântica. Dele saltou um latagão que arrancou a câmera das mãos do operador e fugiu no veículo, ante os embasbacados entrevistado e entrevistador. O "preju" foi estimado em R$ 70 mil.

Colher de chá – Mizael Souza, devoto de São Tomé, vivia pedindo a Deus que desse uma prova concreta de sua existência e benemerência. Para testar o Senhor, Mizael, que andava num miserê sufocante, investiu seu último dinheirinho que sobrou da compra do feijão de cada dia e enviou a nota da compra para o concurso Notinha na Mão, promovido pelo governo do Rio de Janeiro. Foi sorteado com um carro e uma moto zero-quilômetro; mandou imediatamente São Tomé às favas e não parou de louvar o nome de Deus durante a entrega dos prêmios.

Preto no branco – O jornalista e acadêmico Murilo Melo Filho sonha em ter seu amigo Fernando Sabino como companheiro de imortalidade na Academia Brasileira de Letras, tanto que não perde oportunidade de sondá-lo para apresentar sua candidatura a uma das vagas que nela se abrem. Recentemente, Sabino o desencorajou, dizendo: "Sou um homem prático e realista. Vaga na Academia Brasileira de Letras, só quero em seu estacionamento da Esplanada do Castelo".

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