Sesc SP

Na reportagem de capa desta edição, mostramos o que está acontecendo com o porto de Santos, o maior da América Latina. São incalculáveis as perdas que o país – e o estado de São Paulo em particular – vem sofrendo devido às condições daquele equipamento, que apresenta problemas de várias naturezas. Seu layout é confuso e ultrapassado, tem dificuldades de acesso, não recebe investimentos para se modernizar, e o processo de arrendamento, visto a princípio como a cura para todos os males, só agravou o que já era crítico.

O retalhamento da área portuária em terminais privados, que pelos termos do contrato de concessão só podem operar com um determinado produto, teve o efeito de restringir o espaço destinado aos exportadores para armazenar suas mercadorias enquanto aguardam embarque. Com mais essa dificuldade, à qual se somam a falta de integração das várias modalidades de transporte que ligam os centros produtores à Baixada Santista e o alto preço das tarifas, o velho porto se tornou cada vez menos atrativo e vem perdendo espaço para os concorrentes. Agora fala-se em regionalização, ou seja, a transferência da administração portuária, que é federal, para o estado de São Paulo. Esse projeto, no entanto, emperrou por conta de uma dívida de R$ 800 milhões.