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Turismo e os idosos no Sesc: O protagonismo no olhar

Foto: Rodrigo Fonseca
Foto: Rodrigo Fonseca

Danilo Santos de Miranda

Diretor do Sesc São Paulo

 

Em um contexto em que as pessoas estão mais “virtuais”, o exercício do cuidado para que a socialização não fique em segundo plano parece necessário. Nessa perspectiva, o turismo, com seu essencial deslocamento físico, pode assumir um papel desencadeador para colocar o sujeito como objeto central, em uma perspectiva mais humanizada da presença.

A atividade turística oportuniza novos conhecimentos, experiências e trocas para os sujeitos, em quaisquer fases da vida. Pode abarcar, assim, um fenômeno mais profundo, contribuindo para o desenvolvimento do indivíduo de forma marcante. A evidência de que o turismo pode ser uma força social relevante, desde que conectada a valores como diversidade e cidadania, permeou as realizações do chamado turismo social que, em 2018, completou 70 anos no Sesc. Tal proposta se insere no contexto maior da educação permanente, integrando-se a outros programas das áreas de lazer, cultura, atividade física e saúde.

A democratização do acesso à atividade turística na educação pelo e para o turismo faz toda a diferença no Programa Turismo Social do Sesc, pois o sujeito é protagonista em cada olhar, complemento ou reflexão feita no trajeto e em todo o desenrolar da prática, assim como no Trabalho Social com Idosos. As afinidades entre essas frentes de ação ultrapassam a incidência dessa faixa etária, configurando uma convergência conceitual ao estimular a consciência crítica dos viajantes idosos que fazem parte deste processo de contatos e trocas simbólicas e materiais.

Ambos os programas, Turismo Social do Sesc em São Paulo e Trabalho Social com Idosos evidenciam, sem descartar suas características específicas, o compromisso ético da educação permanente e do desenvolvimento integral do indivíduo.