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Notas da Programação

Com o pé na estrada

Circuito Sesc de Artes dissemina diferentes linguagens artísticas em apresentações pelo estado de São Paulo


Foto: NicoloTuppo.

De 9 de março a 14 de abril, o Circuito Sesc de Artes percorre cidades do interior, litoral e Grande São Paulo, além de bairros da capital paulista. O objetivo é estimular a circulação e a difusão de trabalhos artísticos, inspirar diversos usos para os espaços públicos e ampliar as possibilidades de convivência..

Realizado desde 2008, o festival contempla linguagens como dança, música, teatro, cinema, circo, literatura e artes visuais. Uma programação que atende, principalmente, lugares onde não há unidades do Sesc. “A importância do projeto está, sobretudo, ligada ao caráter democrático das ações, pensadas para aproximar o público das mais diversas formas de expressão da arte e de seus conteúdos”, explica Danilo Santos de Miranda, Diretor do Sesc São Paulo. 

Neste ano, o Circuito foi dividido em 14 roteiros que percorrerão 121 cidades em três semanas, com atividades às sextas, aos sábados e aos domingos. Ao todo, o público poderá assistir a cerca de 480 artistas em mais de 100 trabalhos e mil apresentações. Ao longo do dia, cada cidade receberá uma programação composta de espetáculos, intervenções, vivências e oficinas. Em todas essas ações, haverá a mediação de artistas e educadores.

“Ao levar as atividades para as praças, o Circuito Sesc de Artes cria pontes significativas entre as pessoas, os artistas e o próprio espaço. Por isso, em 2019, avançamos nesse objetivo: ampliamos as ações para 121 cidades, incluindo a capital, em seis bairros da Zona Leste”, complementa o Diretor.

 

A importância do projeto está, sobretudo, ligada ao caráter democrático das ações, pensadas para aproximar o público das mais diversas formas de expressão da arte e de seus conteúdos

Danilo Santos de Miranda, Diretor do Sesc São Paulo.

 


 


5_Palisades in Palisades

XEQUE-MATE

Em cartaz na unidade do Sesc Avenida Paulista, a partir de 20/3, a exposição O Tempo Mata – Imagem em Movimento na Coleção Julia Stoschek reúne parte do acervo de uma das mais importantes coleções globais de arte temporal, iniciada em 2007 pela colecionadora que dá nome à mostra. São obras de 17 artistas que trabalham com recursos audiovisuais e que perpassam mais de seis décadas de uma produção voltada para temas como raça, cultura visual, identidade de gênero, circulação de imagens nos meios de comunicação e o papel dos artistas na sociedade contemporânea.

 

 

“Construir pontes em vez de levantar muros é basicamente a proposta do projeto Babylon – Beyond Borders, ou Babilônia Sem Fronteiras.”

Igor Giannassi, no jornal O Estado de S. Paulo, sobre o espetáculo que esteve em cartaz no Sesc Consolação até 15/2

 

UM MUNDO PARA TODOS


Foto: Pedro Abude.

O Centro de Pesquisa e Formação do Sesc realiza, nos dias 25 e 26/3, a Jornada Edgar Morin. Uma atividade voltada para estudos e reflexões acerca do antropólogo, sociólogo e filósofo francês. Entre as temáticas das mesas-redondas estão os livros publicados pelo pensador, principalmente os últimos ensaios: L’Aventure de la Méthode e Connaissance, Ignorance, Mystère, ambos com tradução brasileira prevista para este ano. Além disso, as conferências de abertura e de encerramento serão voltadas para a análise das ideias de Morin sobre a reconstrução de um mundo equitativo e plural.

 

CORPOS EM TRANSE

O Sesc Pompeia transforma-se em palco para filmes do artista, dançarino e coreógrafo William Forsythe, de 27 de março a 28 de julho. Na exposição Objetos Coreográficos, instalações artísticas, vídeos e instruções nas quais o pensamento coreográfico do artista estadunidense é estimulado. O então “objeto” que dá nome à mostra provoca uma mudança no sentido de direção e de composição com o espaço, permitindo ao público fazer parte da obra, completando-a. Dessa forma, cada um dos visitantes é convidado a dançar e se movimentar no próprio ritmo.

 


Dois irmãos vivenciam a morte do pai e o amor pela mesma mulher em O Alicerce das Vertigens, espetáculo congolês dirigido por Dieudonné Niangouna, em cartaz no Sesc Pinheiros, de 15 a 17 de março, na programação da Mostra Internacional de Teatro

 

SABOREAR PALAVRAS

Atividade concebida e protagonizada pela escritora Ivana Arruda Leite (foto) há cinco anos, A Cozinha da Doidivana retorna ao Sesc Ipiranga em março. Todo mês, um artista é convidado pela anfitriã. Enquanto falam sobre carreira, inspirações e livros, os autores saboreiam os pratos que a anfitriã prepara durante o bate-papo. Neste mês, o convidado é o poeta mineiro Ricardo Aleixo, que fez sua estreia na poesia em 1992, com o livro Festim, e atua como curador do Festival de Arte Negra (FAN) e coordenador da Bienal Internacional de Poesia.

 

NINGUÉM VAI SE CALAR


Foto: Divulgação.

Em Guaribas, no sertão do estado do Piauí, ao lado da Serra das Confusões, o tempo da escravidão ainda é presente, mas algo começa a mudar. É esse o cenário de No Devagar Depressa dos Tempos (2014), documentário de Elisa Capai, exibido no dia 8/3 no SescTV, pela programação Violações ao Feminino. No longa, a diretora registra a conversa com mulheres de duas gerações para saber como é e como pode ser a vida delas. De um lado, a seca, o alcoolismo, a violência familiar e a fome. Do outro, um novo destino, a renda, a educação e a autoestima. Um embate entre o que era e o que começa a ser.

 

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