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Praça Julio Mesquita

Localizada no triângulo viário formado pela Avenida São João, Alameda Barão de Limeira e Rua Vitória, no Centro de São Paulo, a praça Julio Mesquita tem como obra principal a Fonte Monumental, projetada pela escultora Nicolina Vaz de Assis Pinto do Couto (1874-1941) em 1927. 

A fonte

A Fonte Monumental é composta de duas bacias de mármore e é adornada com elementos inspirados na história de Ulisses, do poeta grego Homero, com um pescador, sereias e 12 lagostas. Popularmente conhecida como “Fonte das lagostas”, inicialmente havia sido projetada para ser colocada na Praça da Sé e foi a primeira obra de arte pública feita por uma mulher na capital.

Nome

Em 1927, ano da morte de Julio Mesquita, a praça, antes chamada Praça Vitória, passou a ter o nome do jornalista e político. Conhecido por ter sido proprietário do jornal O Estado de S. Paulo, Mesquita estudou na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco e escreveu para os jornais A República, Gazeta de Campinas e A Província de São Paulo, atual O Estado de S. Paulo. Na política, foi secretário do primeiro presidente de São Paulo (cargo equivalente ao de governador), Prudente de Morais, deputado estadual e federal.

Restauração

A partir dos anos 1960, a região da praça passou por um momento de degradação, e elementos decorativos da fonte foram furtados e destruídos. Na época, o fato inspirou uma música dos compositores Adoniran Barbosa e Tasso Rangel chamada “Roubaram a lagosta”:

“Na Praça Julio Mesquita / Tem a estátua da lagosta / Quem passa de longe enxerga / Quem passa de perto gosta / E a lagosta de bronze / Fica esperando bom dia / Mas tem gente distraída / Que nem pra ela espia. / Por uma razão muito forte / Ela em bronze foi lembrada / Inauguração na praça / Uma fita foi cortada. / Teve discurso, foguetes, / Teve churrasco e bebidas, / Teve mágicos e palhaços / Futebol, flerte e corrida. / Mas isso ficou para trás / Não sei que forma que tinha / Essas coisas não se faz / Agulha não vai sem linha. / Deixe a lagosta em paz / Muito bom ficar sozinha / Mas é melhor ficar seca ou molhada / Do que ser derretida ou roubada.”

Para reverter o quadro de degradação, em 2013 a fonte foi restaurada, ganhou nova iluminação e o sistema de tubulação original foi resgatado. Para evitar a ação de vândalos, ela foi cercada por vidros. Os detalhes, como as lagostas e o chafariz, originalmente de bronze, foram substituídos por réplicas.

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