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AIDS na terceira idade
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NADJANE BEZERRA DO AMARAL PRILIP (1)
RESUMO:
Imaginava que trabalhando num Hospital voltado predominantemente ao atendimento de pessoas portadoras do vírus da imunodeficiência humana (HIV) e doentes da síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS), me afastaria completamente do grupo pelo qual me interessava: os idosos. Mas, para minha surpresa, observei que na enfermaria em que atuava, como Assistente Social, estavam ocorrendo internações de pessoas acima dos 60 anos com AIDS.
As mudanças significativas na pirâmide populacional brasileira começam a gerar uma série de previsíveis e imprevisíveis conseqüências sociais, culturais e epidemiológicas para as quais ainda não estamos preparados para enfrentar.
Nas últimas décadas, a AIDS assumiu o topo das preocupações universais da Saúde Pública e rompeu a barreira das classes sociais, dos anteriormente chamados grupos de risco, instalou-se entre heterossexuais, mulheres e adolescentes, mostrando sua rápida expansão entre os diferentes segmentos sociais. Hoje observamos também que a doença atinge diferentes faixas etárias da população, dentre elas, os idosos.
O conceito de grupo de risco deslocou-se para o de comportamento de risco ou situação de risco e, mais recentemente, para o de vulnerabilidade. A vulnerabilidade pressupõe o aspecto circunstancial do acontecimento: as situações nas quais os indivíduos socialmente vivenciam e interpretam determinados acontecimentos vulneráveis, associando-os ou não a outras situações ou contextos da sua vida.
Palavras-chave: AIDS; saúde; prevenção
(1) Assistente Social do Instituto de Infectologia “Emílio Ribas”. Mestre em Gerontologia pela PUC/SP.