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Comédia visceral

Crédito: Lucie Jansch
Crédito: Lucie Jansch


Espetáculo The Old Woman, nova criação de Robert Wilson, faz temporada em São Paulo


Baseado em obra escrita em 1939 pelo autor russo Daniil Kharms, o espetáculo The Old Woman (A Velha) estreou em julho, em São Paulo, no Sesc Pinheiros. Em cena, Mikhail Baryshnikov, um dos mais conhecidos bailarinos da história, e Willem Dafoe, ator que fez muitos filmes de sucesso – como a trilogia Homem Aranha, na qual interpretou o vilão Duende Verde –, mas que também possui uma carreira respeitada no teatro. 

A temporada é composta de onze apresentações no Teatro Paulo Autran, entre os dias 24 e 27 de julho e 30 de julho a 3 de agosto. The Old Woman apresenta a história de um escritor em dificuldades que não consegue alcançar a paz consigo mesmo e é assombrado pela figura de uma velha mulher.

“Nossa expectativa é oferecer uma oportunidade para que o público conheça um novo trabalho internacional importante, sempre dentro da perspectiva de trabalho do Sesc, com preços acessíveis e visando a democratização do acesso às atividades artísticas”, explica Emerson Pirola, assistente de teatro da Gerência de Ação Cultural do Sesc.

Com passagem pela Europa e Estados Unidos, a peça que chega ao Brasil reafirma uma parceria com o diretor Robert Wilson. Desde 2009, o Sesc já recebeu cinco espetáculos do artista: Quartett (2009), de Heiner Müller, A Ópera dos Três Vinténs (2012), de Bertolt Brecht, Lulu (2012), de Frank Wedekind, A Última Gravação de Krapp (2012), de Samuel Beckett, e A Dama do Mar (2013), de Susan Sontag, inspirada em Henrik Ibsen. “Para o Sesc, é muito importante ter estabelecido a parceria de longo prazo para a realização de diversos espetáculos de um artista do porte do Robert Wilson, que criou uma identidade muito particular no seu trabalho”, conclui Pirola.
 

“Nossa expectativa é oferecer uma oportunidade para que o público conheça um novo trabalho internacional importante”

Emerson Pirola, assistente de teatro da Gerência de Ação Cultural do Sesc

 

Arte sem limite
Com obras pintadas por artistas que integram a Associação dos Pintores com a Boca e os Pés (APBP), a exposição Pintura sem Limites pode ser visitada no Sesc Carmo até o dia 29. A principal ação da APBP é incentivar pessoas com deficiência que não possuem os movimentos das mãos e, por isso, utilizam a boca ou os pés para pintar. Assim, a mostra conta com audiodescrição e legendas em braile, para estimular e ampliar o conhecimento e a apreciação da arte por meio de todos os sentidos.


“Eu sempre volto ao passado. Em mim, passado, presente e futuro se confundem. Nesse momento, eu tenho retornado ao meu começo, ao ano de 1969, quando conheci Caetano e Gil.”

Jorge Mautner, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo.
O cantor se apresentou com Caetano Veloso no Sesc Pinheiros, em junho


“Confio no meu corpo. Ele não sou eu, é o que me foi dado e é o que uso. Não me vejo interpretando tanto quanto me vejo sendo o personagem. No final, é a diferença entre se exibir e fazer. E eu prefiro fazer.”

Willem Dafoe, em entrevista à Folha de S. Paulo.
O ator está em cartaz com o espetáculo The Old Woman no Teatro Paulo Autran, no Sesc Pinheiros, até o início de agosto


Para atingir o sublime
Danna Durãez traz questões sobre o universo imaginário feminino, o mundo concreto e as memórias de infância em exposição montada no Sesc Osasco até 31 de agosto. Por meio de processos fotográficos que resultam em imagens etéreas, a artista busca demonstrar tais questões. Os espaços servem de cenário, mas não contam com presença física, para revelar a fluidez desse universo.

Novos americanos
O espetáculo A Descoberta das Américas, em cartaz em julho no Sesc Ipiranga, fala da chegada dos espanhóis à América. O narrador dessa história é Johan Padan, um zé-ninguém que foge da fogueira da inquisição e embarca em uma das caravelas de Cristóvão Colombo. A aventura cheia de apuros do personagem envolve um naufrágio, fuga dos índios antropófagos e até a expulsão dos colegas colonizadores.

Dois em um
Baseada no clássico russo As Três Irmãs, de Anton Tchekhov, a autora e diretora Christiane Jatahy dá seguimento à investigação sobre as fronteiras nas artes cênicas e os limites entre o cinema e o teatro no espetáculo E Se Elas Fossem para Moscou?. Parte da programação de julho e agosto, a peça cria nova intersecção entre as duas artes, gravando com a presença do público no teatro e, ao mesmo tempo, editando e projetando as imagens produzidas como filme.

Do povo brasileiro
Propondo uma viagem pelo país a partir da arte e suas relações com o ambiente, com a cultura e com a natureza, a mostra O Brasil na Arte Popular  fica no Sesc Belenzinho até o dia 10. Com obras de artistas como Mestre Vitalino, GTO, Zé Caboclo, João Alves, Luiz Antonio e Noemisa, a exposição apresenta parte do acervo do Museu Casa do Pontal, localizado no Rio de Janeiro.

Surrealista
Na exposição Nino Cais: um Toque Surreal foi possível descortinar a obra do artista por meio de um deslocamento das figuras cotidianas para o universo das imagens extraordinárias ou incompreensíveis. Em cartaz em julho no Sesc Santo André, a mostra trouxe colagens, objetos e desenhos que pertencem ao imaginário coletivo.