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Dossiê
Coleção de arte brasileira
A Coleção Sesc de Arte Brasileira – composta de desenhos, gravuras e pinturas das décadas de 20 até 90 do século 20 – conta com nomes fundamentais da produção nacional, entre eles Cândido Portinari (foto), Lasar Segall, José Antonio da Silva, Manabu Mabe, Maria Bonomi e Cícero Dias. Por necessitar de cuidados especiais, as obras participam apenas de mostras esporádicas. Também por isso, vale a pena a visita à exposição do acervo no Sesc Pinheiros, como parte das comemorações de inauguração.
“O acervo do Sesc São Paulo cumpre plenamente um dos itens mais considerados do Estatuto do Conselho Internacional de Museus, o de conservar, comunicar e expor, visando à educação e ao lazer.”
João J. Spinelli, historiador e crítico de arte sobre a exposição de parte da Coleção Sesc de Arte Brasileira no Sesc Pinheiros
Na pista do mestre
Como Fazer um Filme de Amor, primeiro longa-metragem do escritor e roteirista José Roberto Torero (foto da esquerda), foi o tema do projeto Cinema Falado, do Sesc Santos, no mês outubro. O filme, com direção e roteiro de Torero – em parceria com Luís Moura –, procura desviar o olhar da história clássica da paixão de um homem (Cássio Gabus Mendes) por uma mulher (Denise Fraga) ameaçada por uma rival (Marisa Orth). Para isso, destaca a figura de um narrador (Paulo José), que delata as fórmulas usadas nos filmes de amor. A inspiração é de primeira: Machado de Assis, mestre absoluto da narração.
“Temos de acabar com essa história de os brasileiros desconhecerem completamente a música de outros países da América Latina.”
Yamandú Costa, violonista que fez parceria com o clarinetista Paulo Moura no CD El Negro del Blanco e também no palco em show no Sesc Pinheiros
Mesa Brasil Sesc São Paulo
O Sesc São Paulo assinou convênio com a Apas – Associação Paulista de Supermercados para a doação de alimentos in natura a serem entregues a entidades assistenciais participantes do projeto Mesa Brasil Sesc São Paulo. O programa visa combater a fome e o desperdício, atendendo hoje na Capital e várias cidade do interior do Estado de São Paulo, como Santos, São José dos Campos, Piracicaba, Rio Preto, Taubaté e Bauru.
“Nunca escrevi com assiduidade. Continuo escrevendo com a mesma dificuldade de sempre. Também nunca escrevi muito. Minha obra completa tem 500 páginas. Ao todo,
são 50 anos, o que dá dez páginas por ano. Escrever para mim é selecionar. Depois que escrevi Muitas Vozes, fiquei dois anos sem escrever nada. Sempre que termino um livro tenho a impressão de que não vou mais escrever.”
Ferreira Gullar, escritor e crítico de arte, que participou do projeto Horizontes Literários, no Sesc Carmo
“No exílio, reciclando a sua ação para um terreno intermediário entre teatro e pedagogia, ele lançou teses e métodos que encontraram significativa receptividade pelo mundo afora, e fizeram dele o homem de teatro brasileiro mais conhecido e respeitado fora do seu país.”
Yan Michalski (1932-1990), crítico teatral, sobre o trabalho do dramaturgo Augusto Boal, homenageado no 2° Festival de Teatro Amador do Sesc Itaquera
“Tenho a impressão de fazer quase sempre o mesmo filme. E não somente do ponto de vista do estilo, mas também dos temas. O que são todos os meus filmes? O reflexo da formação do jovem meridional que eu era, vindo a Roma depois de ter tido contato com marginais e oprimidos.”
Ettore Scola, cineasta italiano que teve parte de sua obra exibida em retrospectiva realizada pelo CineSesc
“O filme não é para ter pena de ninguém. Tem de ter é respeito. O que essas pessoas estão dizendo é para prestarmos atenção nelas, que elas existem. Têm desejos, vontades, querem amar, viver, comer, ter prazer.”
Cláudio Assis, diretor do filme Amarelo Manga (2003), exibido no Sesc Itaquera
“Avalanche é o teatro cumprindo a missão de entreter fazendo pensar, o que é mais do que bem-vindo.”
Da crítica teatral Bárbara Heliodora, no jornal O Globo, sobre a peça Avalanche, com direção de Ivan Sugahara, em cartaz no Sesc Belenzinho
“Infelizmente, os filmes americanos comerciais tornaram o público no mundo todo acostumado aos sons, explosões e close-ups. Isto é parte do cinema, mas não acho que seja parte da vida. Eu não digo que meus filmes sejam cinemáticos, mas eles são um pedaço da vida.”
Abbas Kiarostami, cineasta iraniano que esteve em São Paulo durante o mês de outubro. Foi homenageado com uma retrospectiva durante a 28ª Mostra Internacional de Cinema, que teve parte da programação exibida no CineSesc