Sesc SP

Matérias da edição

Postado em

Dossiê

A Morte de Um Caixeiro-Viajante
Escrita em 1949 por Arthur Miller, a peça A Morte de Um Caixeiro-Viajante estreou em setembro no teatro do Sesc Vila Mariana. No papel principal, Marco Nanini vive um homem que passa a vida inteira correndo atrás do sonho americano. Depois de anos pelas estradas dos EUA como caixeiro-viajante, ele se dá conta de que fracassou como pai e marido. A sensação de derrota parece definitiva. Direção de Felipe Hirsch, a peça tem ainda no elenco Gabriel Braga Nunes, Guilherme Weber e Juliana Carneiro da Cunha.


Triuno

Uma escultura em mármore, com aproximadamente 2,30 metros, está sendo esculpida pelo italiano Renato Brunello no Sesc Itaquera. A construção de Triuno, nome da obra, faz parte do evento Caminhos do Mármore e está sendo realizada em uma tenda armada no próprio local, onde o artista montou um ateliê, aberto para visitação.

Curtas-Metragens
O maior evento da América Latina dedicado a filmes de curta duração realizou sua décima quarta edição no começo de setembro na cidade de São Paulo. O festival registrou recorde de inscrições brasileiras - 161 filmes - e exibiu 382 títulos, representando 42 países dos cinco continentes (na foto O Cão de Houdini - direcão de Sara Jonhsen). O Cinesesc marcou participação como uma das treze salas que compuseram o circuito.

"Este programa contém cenas fortes e de extrema violência. Proibido para menores e desaconselhável para pessoas sensíveis."
Aviso colado na porta de alguns cinemas de São Paulo durante o 14º Festival Internacional de Curtas-Metragens, cujo foco foram os filmes de terror nacionais e estrangeiros

"Os curtas me permitiram aprender a ter mais segurança em relação a meu trabalho e determinaram os rumos de meus longas."
Tata Amaral, cineasta, no14º Festival Internacional de Curtas

"Muitos dos que foram meus alunos hoje me vencem em disputa de prêmios, o que significa que a cenografia brasileira só tende a crescer e se aprimorar."
Antunes Filho, diretor de teatro e um dos jurados da Quadrienal de Praga, evento que foi foco de discussão no Sesc Consolação

"À medida que eu ia me construindo, um livro ia surgindo. E à medida que o livro ia surgindo, eu ia me construindo. Então é um processo de construção mútua."
Ana Miranda, autora de Boca do Inferno, que esteve no projeto Terceiras Terças, do Sesc Santos



"A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai se afastando uma dor aqui, umressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema está cheio, a gente se senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente molha só o pé e sua no resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola nos fins de semana. E se no fim de semana não há muito o que fazer, a gente vai dormir cedo, e ainda fica satisfeito porque tem sempre o sono atrasado."
Trecho do poema Eu Sei Mas Não Devia, da escritora Marina Colasanti, que esteve no projeto Encontros Literários, do Sesc Carmo


Tristão e Isolda

Ismael Ivo e Márcia Haydée, dois dos maiores nomes da dança no Brasil, dividiram o palco do Teatro Sesc Anchieta no espetáculo Tristão e Isolda, inspirado na ópera homônima do compositor alemão Richard Wagner. A dupla já havia representado a obra em 1999, na Alemanha. Com direção de Marcio Aurélio, essa foi primeira vez que a dupla encenou a coreografia no Brasil.

 

Vestígios do Butô
De 2 a 12 de setembro, o projeto Vestígios do Butô, realizado no Sesc Consolação, promoveu workshops, painéis de discussão, espetáculos e exposição sobre a minimalista dança japonesa. Foi prestada homenagem a Takao Kusuno, precursor do gênero no Brasil, em espetáculos realizados com a Cia. Tamanduá de Dança e Teatro (foto). Além da capital, a programação de Vestígios do Butô esteve em cartaz nas unidades de Santo André, Araraquara e São Carlos.

"Os grandes monumentos e mesmo as obras de arquitetura mais singelas construídos ao longo dos séculos são um testemunho expressivo e duradouro da evolução do conhecimento humano. São como pegadas deixadas aqui e ali que nos revelam a vida, a cultura e o conhecimento técnico dominantes neste ou naquele período."
Cristiano Mascaro, fotógrafo, que teve sua obra exposta no Sesc Vila Mariana no evento Identidade da Arquitetura Brasileira.

"A riqueza desse cinema (brasileiro) continua a me surpreender e sua multiplicidade de timbres, que ressoam como numa orquestra, faz lembrar as grandes orquestrações de Mahler. O instrumento que Walter Hugo Khouri executa tem um lugar à parte nesse concerto (apesar de estar ele mais próximo da música de câmara), um lugar à parte, mas indispensável. O lugar que cabe à inteligência, à sutileza e à sensibilidade."
Pierre Kast, cineasta e crítico francês, sobre o trabalho do diretor brasileiro que teve seu filme Noite Vazia apresentado no Sesc Ipiranga.

"Jazz é improvisação. Quando você toca a melodia, imprime a ela sua marca pessoal, como numa conversação. É sempre diferente, é a sua opinião pessoal em forma de música."
Benny Golson, um dos maiores saxofonistas do mundo, descreve o que é o jazz, gênero musical que foi homenageado no Sesc Pinheiros.

"O corpo humano é a carruagem, eu, o homem que a conduz, os pensamentos, as rédeas, os sentimentos são os cavalos."
Frase atribuída ao filósofo grego Platão, um dos inventores do conceito de ética, discutido na exposição Que Herói Sou Eu?, no Sesc Pompéia.

"Judite, quando eu te fiz beber o veneno e caíste de joelhos, com as entranhas em fogo, eu te segurei pelos cabelos, assim, Judite! Vi que ia morrer o corpo beijado por tantos, nunca beijado por mim! Foste minha agonizando, querida! Pela primeira vez, minha!
Cerraste os lábios para o meu beijo... Mas nem teu marido, nem teus amantes, ninguém te beijou na hora em que morrias, só eu! Eu já não sabia se teu soluço era agonia ou volúpia, Judite..."

Raul, personagem de Perdoa-me por me Traíres, de Nelson Rodrigues, encenada no Sesc Pinheiros