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E nossa cidade, de uns tempos para cá, vem sendo muito desrespeitada. São poucas as pessoas que consideram o patrimônio comum - ruas, praças, edifícios e monumentos - como sendo seu. Em consequência desse sentimento indiferente, grande parte dos habitantes de São Paulo suja as ruas, desobedece as leis e destrói bens públicos.
Essa prática reprimível acarreta problemas sérios para todos: o lixo atirado no chão, por exemplo, agrava o dano causado pelas enchentes; a poluição expelida por carros e chaminés desreguladas de indústria implica na poluição desbragada, responsável pelo aumento nas ocorrências de doenças pulmonares; o vandalismo obriga a custos extra de reparo.
Mas as agressões não advêm apenas pelas mãos privadas. O desrespeito oficial, representado pela Administração Pública, fere igualmente os logradouros paulistanos. A começar pelos buracos, mazela sem igual no cotidiano de pedestres e motoristas, passando pela limpeza pública, até a carência total de fiscalização, favorecendo as práticas nocivas.
A matéria de capa foi atrás de urbanistas, juristas e autoridades para tentar desvendar os motivos que levam os paulistanos a destratar tanto a cidade e, também, mostrar em que nível essas práticas oneram os cofres públicos. Além disso, relata experiências positivas na conservação e no contato com o bem comum.
Nesta edição, também, foram abordados os Jogos Femininos e a importância que a prática esportiva tem para a saúde e a integração da mulher. As outras matérias do mês mostram as experiências da produção de vídeo por crianças no Minuteen e a peça A Resistível Ascensão de Arturo Ui, do grande dramaturgo Bertold Brecht.
O Em Pauta faz uma análise das megaexposições, enquanto o conto do mês, de autoria de Flávio Moreira da Costa, trata do dia-a-dia de um morro carioca. No Humor, Morgani faz uma sátira ao Comedores de Batata de Van Gogh. O Em Cartaz destaca o bailarino brasileiro Ismael Ivo e o Festival Minuteen.
Danilo Santos de Miranda
Diretor do Departamento Regional do SESC-SP