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Entrevista com Rodrigo Ciríaco
Centro de Pesquisa e Formação: Para começar, conte um pouco da sua trajetória.
Rodrigo Círiaco: Tenho 39 anos, sou formado em História. Lecionei na rede pública de ensino de São Paulo durante quinze anos, a maior parte deles na rede estadual, mas também cinco anos na rede municipal. A maior parte do tempo, como professor de história, mas durante dez anos também desenvolvi um projeto de literatura e poesia através da utilização de saraus. Esse projeto surgiu em 2006, mesmo ano em que passo a frequentar um sarau, até então eram poucos os saraus que existiam. Em 2006 eram três: o sarau da Cooperifa, o sarau do Binho e o Pavio da Cultura. Os três nos moldes que a gente fala de sarau hoje, com uma linguagem predominantemente periférica, que a gente chama de quilombos urbanos da cultura, porque tem essa quebra da visão clássica do sarau, da pomposidade, da cerimônia. Então é onde a gente pega essa poesia, pega essa literatura e traz para o peito, para o corpo, para a boca do povo.
A referência que eu tive de sarau foi essa, e a ideia de fazer esses saraus em espaços educativos, e a partir daí que surgiu tanto o educador, mediador de leitura, quanto o escritor. Eu não sei onde começa um e onde termina o outro. Para mim, as duas coisas estão intimamente ligadas. Não dá para separar.
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