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Para uma travessia segura

Apresentar a Revista E em meio a uma pandemia me fez parar e olhar para o século 20, um século marcado por grandes guerras, por desenvolvimentos tecnológicos em alta escala, por ocupações e comprometimentos de territórios naturais, por um crescimento demográfico intenso, por quebras de fronteiras e levantamento de muros. Ao mesmo tempo, um século repleto de criações artísticas ímpares, de processos educativos inclusivos e de um aprender a estar junto, ainda que com crenças diversas. Chegamos ao século 21 acreditando na educação e na cultura como base para o desenvolvimento dos indivíduos e da sociedade e, também, como pauta para a organização econômica com vistas ao bem viver. Sim, porque o que, de fato, importa são as pessoas!

Volto-me para o agora e o olho com a atenção de quem aprendeu que paciência e solidariedade ajudam a atravessar adversidades, a construir riquezas de relações e de afetos. E que a verdade é filha do tempo e ‘nosso tempo é hoje’. Nossas Unidades, locais de recepção de pessoas para diferentes atividades socioculturais, estão fechadas. Como parte da comunidade que são, passarão a se dedicar a ela de outra forma: serão pontos de referência para campanhas de vacinação contra o vírus influenza ou, até mesmo, servirão para hospitais de campanha.

As programações seguirão pelos meios digitais, assim como esta edição. Há que se respeitar os profissionais envolvidos nessa cadeia de produção e preservá-los dos encontros e dos contatos que os colocam em risco. Simultaneamente, muitos trabalhadores estão empenhados nos serviços indispensáveis a cada um de nós, como saúde, alimentação, limpeza, segurança, transporte, dentre outros. A eles, os sinceros agradecimentos de uma instituição que tem o bem-estar e a qualidade de vida como missão maior.

Certamente, passada essa fase de recolhimento e isolamento, teremos que renovar a maneira como organizarmos as prestações de serviços. Pois é disso que trata a reportagem principal deste número: as mudanças da cidade de São Paulo com a criação de novos serviços.

Convidamos, então, o leitor a refletir sobre as transformações vigentes e as possibilidades de reinventá-las, tendo por base e norte a empatia e a transparência. Assim, seguimos seguros, porque estamos juntos e confiantes.

Danilo Santos de Miranda

Diretor do Sesc São Paulo

 

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