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Outros cenários, novos serviços

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Arar a terra para colher alimentos e outros insumos foi a principal atividade de sustento no mundo até a Revolução Industrial, no século 18, que trouxe ao mundo outro cenário com o desenvolvimento da energia elétrica e de máquinas a vapor e com a segmentação do trabalho. Desde então, atravessamos centenas de anos de invenções, a exemplo do telefone, do carro e da televisão, determinantes para o crescimento das cidades. Mas, depois de adentrarmos a era digital, a partir da década de 1990, novos modelos de negócios provocaram grandes mudanças na forma como vivemos, convivemos e habitamos. Ainda que as intensas atividades da vida na cidade tenham dado uma pausa, por conta da pandemia de coronavírus, o que se percebe na vida cotidiana, em condições de normalidade, é a criação de novos serviços, que têm transformado metrópoles como a cidade de São Paulo.

Passeadores de cães, entregadores de marmitas e de outras encomendas, bem como recreadores de festas e profissionais de educação física em condomínios residenciais compõem um cenário que demanda facilidade, rapidez e segurança para aqueles que os contratam. Da mesma forma, uma alternativa à jornada casa-escritório, dada a possibilidade de home office, proporciona a criação de espaços de coworking ou mesmo a adaptação de novos serviços em cafés e restaurantes.

“Estas novas atividades e serviços respondem a necessidades inicialmente localizadas, mas, à medida que tais necessidades vão se consolidando, tornando-se mais visíveis, novos consumidores vão se agregando, o que provoca um efeito progressivo: oferta e demanda se encadeiam”, observa José Guilherme C. Magnani, professor titular do Departamento de Antropologia da Universidade de São Paulo (USP).

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o setor de serviços cresceu 1% em 2019, interrompendo uma sequência de quatro anos sem resultados positivos. “Cabe também ressaltar um efeito perverso nesse processo: a precarização das condições de trabalho, sem garantias laborais. Mas é evidente que novos serviços atendem a uma demanda incipiente e vai induzindo outras”, pondera Magnani.

 

Paisagem urbana

É possível dizer que, nos últimos anos, a capital paulista se tornou um centro moderno de serviços com o envolvimento de novos protagonistas e também com modificações na paisagem urbana. Um exemplo é a necessidade de uma mobilidade eficiente em uma cidade cada vez mais populosa e de elevado número e trânsito de automóveis, cenário que levou ao desenvolvimento de novas formas de se locomover. E não é preciso adquirir um meio de transporte próprio, basta alugar uma bicicleta ou patinete em estações espalhadas por diferentes bairros.

“Olhando com cuidado, vamos perceber que temos mudado bastante a forma como vivemos na cidade. A ideia de que ela ainda não se adequa às novas tecnologias é verdadeira até certo ponto. Quando era aluno, eu ia de carro para a faculdade e agora, como professor, vou de ônibus, metrô, transporte viabilizado por aplicativos, táxi, carona”, analisa o pesquisador e urbanista Renato Cymbalista. “Não tenho mais carro porque a cidade oferece outras alternativas de mobilidade que não estavam dadas da mesma forma há 30 anos.”

Então, na prática, além de novas oportunidades de trabalho e remuneração, esses serviços são capazes de afetar o modo de se locomover e viver na cidade. “No entanto, isso nem sempre significa alterações na infraestrutura urbana, pois para isso é preciso a atuação do poder público, que nem sempre consegue atender à rapidez da demanda”, destaca Magnani. “Mas podemos dizer, sim, que prestadores e usuários desses novos serviços produzem transformações, procurando readequar equipamentos às necessidades desses serviços. Como festas personalizadas, em que há ainda utilização de espaços ociosos na cidade a serem reciclados, mesmo que estas sejam ações efêmeras.”

 

SÃO PAULO

Setor de Serviços

5.729.193 profissionais atuantes no estado

2.639.371 profissionais atuantes na cidade

Fonte: Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, Ministério do Trabalho, dados divulgados em 2019

 

Faça a sua!

FUNCIONÁRIOS E ESTAGIÁRIOS DE EMPRESA DO COMÉRCIO DE BENS, SERVIÇOS E TURISMO PODEM ADQUIRIR A CREDENCIAL PLENA DO SESC, QUE DÁ ACESSO A DIVERSOS BENEFÍCIOS

Atualmente, existem 3 milhões e 200 mil pessoas de diversos setores com a Credencial Plena válida, para ter acesso aos serviços e programações do Sesc. A participação nas programações individuais ou em família estimula o convívio, o aprendizado, momentos de lazer e reflexões acerca de temas contemporâneos, como bem-estar e qualidade de vida. “Sendo assim, a Credencial Plena é um benefício que as empresas das áreas de comércio de bens, serviços e turismo oferecem aos seus empregados”, explica Milton Soares de Souza, gerente da Gerência de Atendimento e Relacionamento com Públicos do Sesc.

Saiba como fazer a sua CREDENCIAL PLENA

Quem pode fazer?

Os empregados com registro em carteira profissional, os estagiários, os temporários, os desempregados há até 12 meses e as pessoas que se aposentaram enquanto trabalhavam em empresas do ramo do comércio de bens, serviços e turismo podem fazer a Credencial Plena no Sesc. 

Quanto custa e qual a validade?

A Credencial Plena é gratuita e tem validade de até 2 anos em todo o território nacional. As credenciais ficam prontas na hora.

O que preciso apresentar?

Verifique a documentação necessária para emitir a Credencial Plena de titulares e dependentes.

Saiba mais em sescsp.org.br/credencialplena

 

Do papel ao digital

CONHEÇA A HISTÓRIA POR TRÁS DESSE BENEFÍCIO PARA FUNCIONÁRIOS E FREQUENTADORES DO SESC

Da máquina de escrever ao sistema informatizado e os recursos avançados que cotidianamente se tornam disponíveis para alcançar o público. Dessa forma, o Sesc São Paulo aprimora o serviço de matrícula na busca pelo entendimento de como as pessoas desejam ser identificadas, para que possa pautar a programação, a escolha dos equipamentos e, até mesmo, os critérios e estratégias para a construção de novas unidades.

Anualmente, o Sesc São Paulo registra um alto índice de renovações de matrículas. Há aqueles cujo histórico de renovações remonta à época em que eram crianças, dependentes dos pais. Depois, tornaram-se adultos, vinculados profissionalmente a empresas do comércio de bens, serviços e turismo. Alguns deles se tornaram titulares, casaram e incluíram dependentes em suas matrículas. Dessa forma, a história do serviço de matrícula é viva, traçada pela trajetória de tantas pessoas.

1940

A carteira do Clube Amigos do Sesc e do Senac (CASS) teve papel importante no processo de divulgação da matrícula nos primeiros anos de atividade da instituição. A criação do CASS foi iniciativa dos próprios empregados do comércio de bens, serviços e turismo, matriculados no Sesc. Após retornarem de uma visita ao Sesc Bertioga, dois comerciários, que eram amigos, pensaram numa forma de manterem o contato e acabaram se tornando os fundadores do CASS. Podiam associar-se ao CASS os empregados e os proprietários das empresas do comércio de bens, serviços e turismo.

1960

As carteiras emitidas eram bem simples e traziam, impressos, o nome da instituição, endereço e telefone, além da designação “carteira de matrícula” e da modalidade “Comerciário” ou “Dependente”.

1970

Nessa década, os exemplares emitidos apresentaram uma grande mudança na codificação da matrícula, de acordo com o salário e o número de dependentes.

1980

Houve grandes inovações e melhorias quanto ao design gráfico e aos recursos para emissão do cartão. Esse tipo de carteira foi utilizado até o final dos anos 1990. Colorida, com campo específico para o registro do exame médico, a carteira também passou a ser entregue plastificada.

1994 a 2002

A última carteira em papel plastificado circulou nesse período. Esse modelo ainda trazia impressa a classificação quanto ao salário e ao número de dependentes; a assinatura do diretor e o nome e o número da unidade responsável pela emissão antecedendo o código da matrícula.

2002

Foi adotado o cartão de matrícula em plástico vinílico, lançado na inauguração do Sesc Santo André e implantado nas demais unidades da capital e do interior. As imagens desse cartão foram desenvolvidas pelo designer gráfico Rafic Farah, que criou 66 ilustrações, das quais foram selecionadas 22. Atualmente circulam apenas 17, devido ao ajuste necessário para a impressão do logo do Sesc, que passou a ser utilizado em 2012.

2014

O cartão passou a ser designado Credencial, sendo a Plena destinada ao beneficiário principal do Sesc; e Atividades, para inscrição de outros públicos, nos serviços com vagas disponíveis, respeitada a prioridade do beneficiário principal.

2019

Além da versão física, é possível ter a Credencial do Sesc no formato digital, pelo download gratuito do aplicativo Credencial Sesc SP.  No entanto, a Credencial Digital não anula a Credencial Física.

Fonte: Pesquisa A Matrícula no Sesc São Paulo, por Regina Gaeta / Sesc Memórias

 

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